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Espaços verdes influenciam desenvolvimento cognitivo das crianças

16.06.2015

Os espaços verdes influenciam o desenvolvimento cognitivo das crianças, conclui um estudo feito a 2.600 alunos de 36 escolas primárias de Barcelona por uma equipa de cientistas, publicado hoje na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

 

O estudo – coordenado por Payam Dadvand e Jordi Sunyer, do Centro para a Investigação em Epidemiologia Ambiental (CREAL), em Barcelona – mostra que o contacto com a natureza dentro e em redor das escolas está relacionado com uma melhoria da memória e concentração das crianças, trazendo benefícios para o desenvolvimento do cérebro.

Para provar isto, os cientistas estudaram as alterações nas medidas cognitivas em cerca de 2.600 alunos com idades entre os 7 e os 10 anos em Barcelona, a cada três meses entre Janeiro de 2012 e Março de 2013.

Durante um período de 12 meses, a exposição à natureza dentro e em redor das escolas, determinada por dados de satélite, relacionou-se com uma melhor capacidade mental para manipular de forma contínua e actualizar as capacidades de informação como a memória e a atenção, independentemente da etnia e educação e emprego dos pais.

Os espaços verdes ajudam a reduzir a poluição do ar e o ruído e encorajam a actividade física, dizem os investigadores.

“Demonstrámos que, com zonas verdes, o desenvolvimento cognitivo melhora em 5%, uma percentagem muito significativa”, disse ao jornal El Mundo, Mark Nieuwenhuijsen, um dos investigadores que participou na investigação. “Esta é a primeira vez que se demonstra esta ligação”, acrescentou.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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