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Crias de íbis-eremita serão reintroduzidas na natureza em Espanha

21.09.2015

Quatro crias de íbis-eremita (Geronticus eremita) foram enviadas pelo Zoo de Chester, em Inglaterra, para o Zoo de Jerez de La Frontera, em Espanha, onde serão libertadas na natureza, no âmbito de um projecto de reintrodução para esta espécie de ave, quase extinta em estado selvagem.

 

Tempos houve que o íbis-eremita  vivia desde o Norte de África à Europa Central. Hoje está quase extinto na natureza com cerca de 250 indivíduos, 95% dos quais em Marrocos. Uma segunda população está na Síria, onde as aves são ameaçadas pelos conflitos naquele país. Na Europa há 300 anos que não há registos desta ave.

Está Criticamente Ameaçado de extinção desde 1994, segundo a União Internacional de Conservação da Natureza (UICN).

Agora, as quatro crias do Zoo de Chester vão juntar-se a outras crias vindas de outros zoos na Europa, antes de serem libertadas, talvez no final de Novembro, noticia a BBC.

“Já é maravilhoso trabalhar com estas aves fantásticas no zoo. Mas fazer parte de um programa de reintrodução de sucesso é algo muito especial”, disse Lauren Hough, tratadora de aves no Zoo de Chester à BBC. Neste zoo vivem 28 íbis-eremitas. “Esperamos que, ao reintroduzirmos estas aves na natureza, elas se consigam reproduzir e garantam o futuro da espécie.”

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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