Nove Estados membros já se pronunciaram a favor da continuação das duas leis europeias de protecção da Natureza, actualmente em avaliação em Bruxelas. Hoje, seis organizações ambientalistas portuguesas pediram ao Governo de Portugal que clarifique a sua posição e que faça o mesmo.
Recentemente, os Governos da Alemanha, França, Itália, Espanha, Polónia, Roménia, Croácia, Luxemburgo e Eslovénia escreveram uma carta ao Comissário Europeu do Ambiente e ao Vice-Presidente para pedir que mantenham as Directivas Aves e Habitats.
Agora, foi a vez dos eurodeputados que representam os sete maiores grupos políticos fazerem o mesmo.
“Este é um momento histórico que mostra claramente que os Estados-membros e o Parlamento Europeu acreditam na legislação relativa à Natureza na Europa”, escreve hoje, em comunicado, a coligação C6, constituída pelas associações portuguesas Geota, Fapas, LPN (Liga para a Protecção da Natureza), Quercus, Spea (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves) e WWF/Portugal.
A coligação pede ao Governo português que “clarifique a sua posição e se mostre também a favor da natureza”.
O processo de avaliação das duas directivas, nas mãos da Comissão Europeia, motivou, em Maio, o lançamento da campanha internacional “SOS Natureza – Nature Alert”, por parte das maiores organizações não governamentais de Ambiente na União Europeia. Numa consulta pública no Verão, mais de 520.000 cidadãos europeus pediram a Bruxelas para salvar as leis da Natureza; em Portugal mais de 5000 pessoas responderam ao apelo.
“As causas da perda de biodiversidade na Europa foram identificadas. Agora é altura dos políticos agirem com políticas efectivas que as contrariem”, comentou Tito Rosa, presidente da LPN e representante da C6.