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270 crias de peneireiro-das-torres anilhadas em Castro Verde

01.07.2015

As aves foram marcadas em meados de Junho no âmbito de uma campanha de anilhagem que a Liga para a Protecção da Natureza (LPN) faz todos os anos para conhecer melhor as colónias desta espécie em Castro Verde.

 

Ao longo de vários dias, os técnicos da LPN colocaram anilhas metálicas da Central Nacional de Anilhagem em 270 crias de Falco naumanni, revelou a organização na segunda-feira.

“Associado ao código de identificação da anilha, é registado o local de anilhagem, a data, a idade, o sexo e alguns dados biométricos como o peso e o comprimento da asa”, explica a organização.

Estes dados vão permitir à LPN conhecer melhor as rotas migratórias destes peneireiros e outros dados necessários que ajudem a definir medidas de conservação mais adequadas.

O peneireiro-das-torres chega a Portugal em Fevereiro para se reproduzir, vindo de África onde passou o Inverno. Pode formar colónias até centenas de casais, nidificando em cavidades de edifícios abandonados e monumentos históricos. Castro Verde alberga as maiores colónias da espécie em Portugal. Foi aí que decorreu um Projecto LIFE Peneireiro (2002-2006) para disponibilizar novos locais de nidificação para a espécie.

De acordo com a LPN, a população de peneireiro-das-torres era de 272 casais em 2001. Em 2007 eram mais de 550.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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