Banner

WWF lança campanha World Without Nature e retira panda do seu logotipo

03.03.2022
Foto: Pexels/Pixabay

No Dia Mundial da Vida Selvagem, a 3 de Março, a organização apela a empresas, organizações e clubes desportivos para retirarem a natureza dos seus logotipos durante um dia. O Jardim Zoológico de Lisboa já respondeu a apelo e retirou o elefante do seu logo.

A campanha mundial #worldwithoutnature quer reunir centenas de marcas numa causa comum: chamar a atenção para a dramática perda da biodiversidade e os riscos que implica um pouco por todo o mundo.

Esta é apenas a segunda vez em 60 anos que o icónico panda da WWF desaparece, incluindo do site da organização e das suas redes sociais. No ano passado, para a primeira edição da campanha a 3 de Março de 2021, mais de 250 clubes desportivos, marcas, organizações e governos removeram todas as referências à natureza dos seus logotipos para falar em nome da natureza.

“Não nos podemos dar ao luxo de sermos complacentes”, escreve a WWF em comunicado. “A rica diversidade de vida na Terra está a perder-se a um ritmo alarmante. As populações de mamíferos, aves, peixes, anfíbios e répteis registaram, em média, uma queda de 68% desde 1970.”

Entre as causas desta situação estão a expansão agrícola, a desflorestação, a sobre-pesca, o desenvolvimento urbano, a exploração energética e mineira e a poluição.

Foto: Jardim Zoológico de Lisboa

A WWF aproveita este Dia Mundial da Vida Selvagem para apelar aos líderes mundiais que adoptem planos ambiciosos para travar a perda da biodiversidade e colocar a natureza no caminho da recuperação.

O Jardim Zoológico de Lisboa assinala a data juntando-se ao movimento #WorldWithoutNature da WWF. Assim, durante este dia, o emblemático elefante do logo do Jardim Zoológico vai desaparecer. “No dia 3 de março junte-se ao panda da WWF e ao elefante do Jardim Zoológico e ajude a dar voz à natureza e alertar para a perda de biodiversidade”, apela a instituição portuguesa.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

Don't Miss