Vinte voluntários trabalharam entre Janeiro de 2018 e Junho de 2021 para conservar a natureza em Torres Vedras, incluindo no restauro dos rios Sizandro e Alcabrichel, revelou hoje a autarquia.
Este voluntariado aconteceu no âmbito do projecto LIFE Volunteer Escapes que, de Janeiro de 2018 a Junho deste ano, acolheu jovens do Corpo Europeu de Solidariedade. A Câmara Municipal de Torres Vedras foi uma das entidades que, em Portugal, recebeu voluntários.
Os 20 voluntários que o município acolheu realizaram várias atividades de conservação da natureza e da biodiversidade.
Os jovens fizeram controlo de espécies invasoras nas áreas da Rede Natura 2000 de Torres Vedras e participaram em acções de arborização de terrenos municipais na Serra de São Julião e na Paisagem Protegida Local das Serras do Socorro e Archeira.
Mas não só. Os voluntários ajudaram a restaurar os habitats ripícolas nos rios Sizandro e Alcabrichel, onde vive o ruivaco-do-oeste (Achondrostoma ocidentale), uma das espécies de peixe de água doce mais ameaçadas em Portugal.
Além disso, participaram em acções de propagação e reprodução de espécies nativas nos viveiros municipais.
“O envolvimento dos voluntários nestas atividades de conservação da natureza permitiu intervir em 37,12 ha, plantar 21.029 árvores e arbustos autóctones e plantas dunares nativas, controlar 21,3 ha de plantas invasoras, como o chorão-das-praias (Carpobrotus edulis) e a acácia (Acacia spp), e restaurar uma extensão de 1,6 km de habitats ripícolas”, informa a autarquia em comunicado.
No âmbito do projeto foram realizadas 37 acções de voluntariado abertas à população e envolvidas oito entidades privadas, seis entidades sem fins lucrativos e dois proprietários privados em ações conjuntas com os voluntários do projeto. No total, estiveram envolvidos 5.118 cidadãos, entre os quais colaboradores de empresas, escuteiros e estudantes.
Um documentário televisivo de 12 episódios está a contar as histórias do LIFE Volunteer Escapes, projecto de longa duração que promoveu o voluntariado pela natureza em Portugal. Margarida Silva, coordenadora deste projecto na MONTIS, que terminou em Junho, explicou recentemente à Wilder o que é preciso para ser um voluntário pela natureza e qual a sua importância para a conservação.