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Retrato da bióloga Natasha Silva

08.09.2017

É uma das caras da conservação do saramugo em Portugal. Em plena campanha de remoção de espécies exóticas invasoras, no Alentejo, Natasha Silva relembra a importância de um trabalho em prol da natureza.

 

WILDER: O que fazes?

Natasha Silva: Trabalho para a LPN – Liga para a Protecção da Natureza e sou bióloga no Projeto LIFE Saramugo. Sou responsável pelas componentes de comunicação, sensibilização e educação ambiental. Tenho como principais tarefas a execução de trabalho de campo e ações de conservação do projeto, assim como a implementação da rede de custódia, a que todos podem aderir gratuita e voluntariamente, bastando para isso aceder ao nosso site e preencher o formulário de adesão.

 

W: Onde e quando começaste?

Natasha Silva: Comecei a trabalhar como bióloga na LPN em 2012. E desde então trabalho em prol da conservação da natureza.

 

W: Como aprendeste a fazer o teu trabalho?

A formação que recebi na faculdade teve um papel fundamental no desenvolvimento das minhas competências que foram sendo aprofundadas a vários níveis desde que comecei a trabalhar na LPN na área da conservação da natureza.

 

W: Quando começaste, o que pensavas que querias fazer?

Natasha Silva: Quando entrei para a faculdade tinha o sonho de vir a trabalhar numa reserva de animais selvagens em África (como muitos colegas do meu tempo e alguns jovens que estão agora no 1º ano do curso). Isto muito por causa dos documentários da BBC e da National Geographic que apaixonam amantes da natureza pelo mundo fora e cativam muitas pessoas para a área da biologia. Eventualmente acabei por traçar novos objetivos e comecei por me focar mais na necessidade da conservação da natureza dentro do meu país.

 

W: O que ainda te falta descobrir e fazer?

Natasha Silva: Ainda tenho um longo caminho para trilhar. A biologia tem essa característica espetacular, é um mundo infindável de possibilidades. Ora podemos estar a trabalhar com animais ora com plantas, no campo ou em laboratório. Desde que o trabalho seja em prol da conservação da natureza sinto que ainda tenho muito para dar e para aprender. E ainda há muito para fazer no nosso país a esse nível.

 

[divider type=”thick”]Saiba mais.

Descubra o que Natasha Silva e a sua equipa estão a fazer neste momento no âmbito do projecto LIFE Saramugo.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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