Plantar árvores autóctones e controlar ervas exóticas invasoras, como a erva-das-pampas, faz parte de um plano de restauro da biodiversidade da marinha Santiago da Fonte, da Universidade de Aveiro, que já começou.
Os trabalhos de restauro da vegetação autóctone e a luta contra a persistente erva-das-pampas, no âmbito do projecto PAMPitUP – Controlo da erva-das-PAMPas no camPus da Universidade de Aveiro, estão a ser feitos pela comunidade desta universidade.
A 25 de Março aconteceu uma acção de voluntariado com alunos dos Mestrados de Ecologia Aplicada e de Biologia Aplicada do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, revelou hoje a Universidade em comunicado enviado à Wilder.
No terreno já foi feito um corte das espécies invasoras, muito em especial da erva-das-pampas (Cortaderia selloana) mas também da cana Arundo donax e da erva-de-santiago (Delairea odorata).
“Todas as espécies de árvores que estavam cobertas pelas ervas-das-pampas foram mantidas e podadas, uma vez que fornecem abrigo e alimento para as aves, mamíferos e insectos”, explicaram, no comunicado, as coordenadoras do projecto Paula Maia e Olga Ameixa.
Entre essas árvores estão as tamargueiras (Tamarix africana), “típicas desta região que, além do enquadramento paisagístico, irão ajudar a controlar as plantas invasoras”, acrescentaram.
Além disso, foram feitas sementeiras de misturas biodiversas e plantadas árvores nativas adaptadas a este tipo de habitat. “Estas irão competir com a erva-das-pampas, impedindo o seu desenvolvimento.”
Os objectivos da intervenção nas margens desta salina são “controlar as plantas invasoras e regenerar o coberto vegetal com espécies promotoras da biodiversidade que valorizem o espaço”, segundo o comunicado da Universidade de Aveiro.
As visitas a esta marinha, uma das poucas ainda em actividade na Ria de Aveiro, são também promovidas, através da criação de um percurso pedestre num espaço anteriormente ocupado pela erva-das-pampas.
Até agora, esta regeneração na salina tem sido feita pela comunidade da Universidade de Aveiro – nomeadamente investigadores do CESAM e do Departamento de Biologia da universidade – mas de futuro prevê-se a participação de outros interessados.
O projecto PAMPitUP é financiado pelo Fundo Ambiental.
Os artigos desta secção são apoiados pela SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves.