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Ribeira. Foto: Helena Geraldes (arquivo)

Investigação sobre ondas de calor e girinos vence prémio de Ciência português

22.03.2017

O investigador Bruno Carreira, que estudou o impacto das ondas de calor nos girinos, venceu o Prémio Fluviário de Mora – Jovem Cientista do Ano, foi hoje anunciado.

 

Bruno Carreira, investigador do cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (Universidade de Lisboa), é o primeiro autor de um artigo publicado em Novembro passado na revista Ecology sobre o impacto das ondas de calor em três espécies de girinos: a rã-de-focinho-pontiagudo, a rela e a rela-meridional.

A investigação, feita no âmbito do seu doutoramento, concluiu que “com temperaturas mais elevadas, os girinos das três espécies assimilaram mais matéria vegetal” do que insectos, contou, então, à Wilder.

A entrega do prémio vai acontecer a 24 de Março, na cerimónia comemorativa do 10º aniversário do Fluviário de Mora.

Este prémio distingue, desde 2010, um aluno de licenciatura, mestrado ou doutoramento que tenha publicado, como primeiro autor e no ano do concurso, um artigo sobre conservação e biodiversidade de recursos aquáticos continentais (estuários e rios).

Para Bruno Carreira, este prémio “é o reconhecimento da qualidade da investigação que fiz durante o doutoramento e da projecção surpreendente desta publicação”, disse em comunicado, tendo em conta que era “apenas um estudante de doutoramento e por estar a abordar um tema controverso com conclusões inesperadas”.

Neste momento, o investigador está a terminar e a publicar os restantes artigos que produziu durante o doutoramento.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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