A GNR apreendeu a 3 de Julho um lince-do-deserto (Caracal caracal) que estava em cativeiro na casa de uma mulher de 38 anos no Funchal, Madeira.
O lince-do-deserto foi apreendido pelo Comando Territorial da Madeira, através da Secção de Investigação Criminal (SIC), na vertente de investigação de crimes e contraordenações ambientais. A operação contou com a colaboração de elementos do Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA).
“No âmbito de uma ação com o objetivo da proteção de espécies da vida selvagem com o intuito de prevenir, detetar e reprimir situações de tráfico, exploração, comercialização e detenção de espécies protegidas em cativeiro, os militares da Guarda detetaram que uma mulher, de 38 anos, detinha um animal de espécie protegida em situação ilegal, motivo que levou à sua apreensão”, segundo um comunicado da GNR.
Da ação, resultou a identificação da suspeita e foi elaborado um auto de contraordenação por detenção de espécie de detenção proibida, constante no Anexo B-II da Convenção CITES, nos termos da Portaria n.º 86/2018 de 27MAR, documento que identifica as espécies cujos espécimes são de detenção proibida.
A Guarda Nacional Republicana, através do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), apela a qualquer pessoa para denunciar eventuais situações de maus-tratos ou abandono. Para o efeito, poderá ser utilizada a Linha SOS Ambiente e Território (808 200 520) funcionando em permanência para a denúncia de infrações ou esclarecimento de dúvidas.
O lince-do-deserto distribui-se pela África e pelo Sudoeste Asiático. Vive normalmente em zonas de estepes e desertos, mas também em florestas ou savanas. Esta espécie tem estatuto de Pouco Preocupante na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).