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Lince-do-deserto. Foto: GNR

GNR apreende lince-do-deserto em cativeiro no Funchal

05.07.2024

A GNR apreendeu a 3 de Julho um lince-do-deserto (Caracal caracal) que estava em cativeiro na casa de uma mulher de 38 anos no Funchal, Madeira.

O lince-do-deserto foi apreendido pelo Comando Territorial da Madeira, através da Secção de Investigação Criminal (SIC), na vertente de investigação de crimes e contraordenações ambientais. A operação contou com a colaboração de elementos do Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA).

“No âmbito de uma ação com o objetivo da proteção de espécies da vida selvagem com o intuito de prevenir, detetar e reprimir situações de tráfico, exploração, comercialização e detenção de espécies protegidas em cativeiro, os militares da Guarda detetaram que uma mulher, de 38 anos, detinha um animal de espécie protegida em situação ilegal, motivo que levou à sua apreensão”, segundo um comunicado da GNR.

Da ação, resultou a identificação da suspeita e foi elaborado um auto de contraordenação por detenção de espécie de detenção proibida, constante no Anexo B-II da Convenção CITES, nos termos da Portaria n.º 86/2018 de 27MAR, documento que identifica as espécies cujos espécimes são de detenção proibida.

A Guarda Nacional Republicana, através do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), apela a qualquer pessoa para denunciar eventuais situações de maus-tratos ou abandono. Para o efeito, poderá ser utilizada a Linha SOS Ambiente e Território (808 200 520) funcionando em permanência para a denúncia de infrações ou esclarecimento de dúvidas.

O lince-do-deserto distribui-se pela África e pelo Sudoeste Asiático. Vive normalmente em zonas de estepes e desertos, mas também em florestas ou savanas. Esta espécie tem estatuto de Pouco Preocupante na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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