O portal “Flora Alenquer” foi lançado no Dia da Floresta Autóctone, a 23 de novembro para mostrar as espécies botânicas do município de forma gratuita e a qualquer pessoa. A autarquia espera que este seja o início de “uma caminhada longa e profícua em prol da natureza e da biodiversidade”.
O projeto ‘Flora Alenquer’ é desenvolvido pelos técnicos da Conservação da Natureza da Câmara Municipal de Alenquer em parceria com a Sociedade Portuguesa de Botânica.
Dele fazem parte ações técnico-científicas “que permitam a inventariação e monitorização de espécies, para uma adequada valorização e conservação da natureza no concelho de Alenquer”, escreve a autarquia em comunicado.
“Os trabalhos de campo visam prospetar áreas de elevada biodiversidade, potenciando assim, a conservação de espécies em todo o território de Alenquer e contribuindo em grande parte para a investigação da flora a nível nacional.”
A identificação de espaços naturais com elevado valor ecológico, irá desencadear um trabalho de inclusão deste património natural nos Instrumentos de Gestão Territorial de âmbito municipal e na integração da Rede Municipal de Conservação da Natureza.
Ao todo, há já 800 espécies diferentes descritas ao pormenor no site com detalhes sobre a ecologia, o tipo biológico, com realce para as preferências bioclimáticas de cada uma ou para a distância ao mar ou a altitude em que foram encontradas.
Das espécies criticamente em perigo a outras raras de encontrar em Portugal, a flora das 11 freguesias do concelho de Alenquer aparece a partir de agora mapeada e ao alcance de todos em já mais de 13.766 ocorrências registadas.
“É um projeto assente numa plataforma que nos vai permitir apresentar o património que nós temos no concelho relacionado com a flora”, comentou Paulo Franco, vereador de planeamento e estratégia de políticas ambientais do município. “É quase um repositório de tudo o que temos e sê-lo-á de forma interativa. Qualquer pessoa curiosa e interessada poderá contribuir para engrandecer este portal.”
Segundo Paulo Franco, o ‘Flora Alenquer’ “é uma base de dados que nos vai permitir inventariar o que nós temos e que dá a possibilidade a uma entidade, nacional ou internacional, de saber o que temos no nosso território. É quase uma fotografia que está a ser tirada ao que temos, ao longo dos tempos, e alimentada em tempo real”.
O responsável lembrou ainda que existe “um grande e rico património cultural, também fora das áreas protegidas, que tem de ser preservado”.