A Secretaria de Estado do Ambiente, do Ministério para a Transição Ecológica espanhol, quer lançar a sua Estratégia Estatal Integral de Biodiversidade no primeiro trimestre de 2019, anunciou o secretário de Estado esta semana.
O anúncio foi feito pelo secretário de Estado, Hugo Morán, a 23 de Janeiro numa sessão informativa em Madrid.
Morán considera que a perda de biodiversidade é o segundo “desafio” e “prioridade” do actual Governo espanhol em matéria de Ambiente, depois da Lei de Alterações Climáticas e Transição Energética que está a ser ultimada pelo Executivo, noticiou hoje a agência espanhola de notícias EuropaPress.
A Estratégia Estatal Integral de Biodiversidade vai coordenar todas as acções destinadas a reduzir e a travar a perda de biodiversidade em Espanha e permitirá à sociedade civil avaliar o trabalho que for sendo feito, através da definição de objectivos.
Um dos “grandes desafios” desta Estratégia, segundo Morán, será o de “compatibilizar a actividade económica no mundo rural com a preservação das espécies e habitats”, citou a EuropaPress.
“A diversidade genética de espécies e de ecossistemas continua a degradar-se por consequência do aumento das pressões por actividades humanas, da sobreexploração dos recursos naturais, da expansão das espécies exóticas invasoras, da poluição e das alterações climáticas”, sublinhou o secretário de Estado.
Morán lembrou que os cientistas já demonstraram que a Terra está a passar pela sexta extinção em massa, a primeira causada pelo Homem, e deu o exemplo dos anfíbios, com até 168 espécies extintas nos últimos 20 anos. “Isto é extremamente preocupante”.
Quanto a pormenores sobre como será esta Estratégia, o secretário de Estado apenas disse que o ministério ainda está a trabalhar no documento e que este dará especial atenção aos oceanos, por serem uma “fonte de vida para o planeta” e deles depender o clima global.
Morán adiantou ainda que o Governo está a concluir a redacção de um Plano Nacional para a Conservação dos Polinizadores, “espécies cruciais para a polinização da flora silvestre e para um grande número de espécies cultivadas”.