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Que espécie é esta: vespa-bandeira

02.08.2021

A leitora Carolina Caires encontrou este insecto a 27 de Julho no Hospital do Funchal, ilha da Madeira, e pediu ajuda para saber a espécie. Rui Andrade responde.

“Venho por este meio enviar a foto de um inseto que tem aparecido no meu local de trabalho, no Hospital do Funchal, que nem eu nem as minhas colegas conhecemos. Parece ser uma mistura de gafanhoto devido às patas traseiras com mosca da parte da frente e ainda tem um rabo que sobe e desce. Gostaria de saber o nome do animal e suas características e se poderá ser perigoso. Ou até se é uma nova espécie”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma vespa-bandeira, da família Evaniidae.

Espécie identificada e texto por: Rui Andrade, dinamizador do grupo Diptera em Portugal no Facebook.

“Estas vespas são parasitóides de ovos de baratas (ordem Blattodea)”, explicou Rui Andrade.

Actualmente estão conhecidas mais de 400 espécies destas vespas-bandeira, da família Evaniidae. Vivem em todo o planeta, à excepção das regiões polares.

São vespas solitárias.

As Evaniidae têm o metassoma bastante pequeno que empurram para cima e para baixo constantemente quando estão activas.

As larvas destas vespas alimentam-se de baratas e desenvolvem-se dentro das ootecas dos seus hospedeiros.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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