A leitora Eugénia Duarte encontrou esta rã a 1 de Junho em Colares, Sintra, e pediu para saber a que espécie pertence. Rui Rebelo responde.
“Encontrei dois exemplares desta rã, pelo menos parece a rã-ibérica. Estavam a nadar na piscina da casa em Colares do dia 1 de Junho. Levei-as, bem como a outro sapo comum, para as margens da ribeira de colares e larguei na terra junto da vegetação pois já sei que podem afogar-se (os sapos)”, escreveu a leitora à Wilder.
Trata-se da rã-verde-comum (Pelophylax perezi).
Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Esta não é a rã-ibérica, mas sim a rã-verde ou rã-comum.
E esta espécie não se afoga, ao contrário dos sapos. Mas também gosta de passar muito tempo em terra e as piscinas são mesmo más para a espécie, porque não consegue sair. Por isso a decisão de libertar em terra, junto a vegetação e não muito longe de uma zona aquática está muito correcta.
Esta é uma espécie nativa e endémica da Península Ibérica. Como nem todos os exemplares são verdes, as pessoas podem pensar que não é uma “rã-verde”, mas esta variabilidade nas cores é muito comum nos anfíbios.
Esta rã tem uma coloração muito variável e pode ser confundida com outras.
Mas todos os indivíduos têm duas pregas de pele longitudinais que vão desde o olho até à inserção da pata posterior.
A rã-verde está presente em todo o território português, admitindo-se que seja o anfíbio mais comum em Portugal. Ocorre em toda a Península Ibérica, podendo ser observada pelo menos até ao Sul de França.
Este anfíbio atinge facilmente 7,5 cm, podendo chegar aos 10 cm de comprimento.
Esta espécie, até há pouco tempo, tinha como nome científico Rana perezi, e actualmente se chama Pelophylax perezi.
Pode gostar de saber que temos Fichas de Campo Wilder sobre estas espécies:
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