A leitora Sara Marques fotografou este réptil no centro histórico de Braga a 29 de Novembro e pediu ajuda na identificação. Diogo Parrinha responde.
“Quando fui à varanda deparei-me com este bebé muito bem camuflado no parapeito. Estou na dúvida se é uma osga-comum, é a primeira vez que vejo uma ao vivo. Notei que não tinha cauda e toquei nela mas, não sei se é do frio, se esteve em algum confronto ou outra coisa qualquer, não saiu do lugar. Então (se calhar estupidamente, com pena e porque estava aqui em casa) decidi interferir e apanhei-a, para não ser alvo de predadores e frio. Que faço?”, perguntou a leitora à Wilder.
Trata-se de uma osga-comum (Tarentola mauritanica).
Espécie identificada por: Diogo Parrinha, herpetólogo e aluno de doutoramento do BIOPOLIS/CIBIO.
“É uma osga-comum (Tarentola mauritanica).”
“Infelizmente nestes casos não há grande coisa a fazer… É relativamente comum elas aparecerem meio letárgicas dentro de casa no inverno, especialmente os juvenis, mas o melhor a fazer é deixá-la estar ou soltar num sítio onde possa facilmente encontrar abrigo, e esperar que sobreviva ao inverno.”
A osga-comum é uma espécie que se pode encontrar na Europa, mais especificamente na Bacia do Mediterrâneo e nalgumas zonas costeiras e no Norte de África.
Em Portugal, está espalhada praticamente por todo o território continental – em especial no Algarve, junto à fronteira com Espanha, e ainda na área de Lisboa e na Península de Setúbal, detalha o Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal. Também se encontra na Madeira, onde foi introduzida.
Este pequeno réptil pode ser encontrado em rochas, muros e locais pedregosos ou troncos de árvores, mas também é frequente junto a habitações.
A União Internacional para a Conservação da Natureza classifica esta espécie como Pouco Preocupante no que respeita à sua conservação. No entanto, considera que pode estar ameaçada no Egipto, onde osgas têm sido capturadas para serem vendidas para outros países como animais de estimação.
Agora é a sua vez.
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