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Que espécie é esta: lagarta de geometrídeo

07.10.2020

A leitora Odete Melo encontrou esta lagarta numa macieira na Trofa a 26 de Setembro e pediu ajuda para saber qual a espécie. Eva Monteiro responde.

“Este inseto estava numa macieira na Trofa. Parecia um galho. Que espécie é esta?”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma lagarta de geometrídeo, uma família de borboletas.

Espécie identificada e texto por: Eva Monteiro, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Trata-se de uma lagarta de geometrídeo. As lagartas desta família de borboletas reconhecem-se por terem menos de quatro pares de patas falsas no abdómen.

Nesta espécie essa característica é levada ao extremo com apenas um par de patas abdominais e um parte de patas anais, o que faz com que andem de uma forma muito peculiar.

Para avançarem juntam as patas abdominais à patas torácicas – as 6 patas verdadeiras que têm no tórax – parecendo que estão a medir a palmos o terreno, daí o nome da família que significa medir a terra (Geo=terra + metri=medir + dae=terminação da categoria taxonómica correspondente à família).

Fazer passar-se por um raminho é também uma estratégia de sobrevivência muito comum nas lagartas desta família. 

Aqui está, a título de exemplo, um esquema numa das fotografias indicando as patas torácicas, abdominais e anais.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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