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Que espécie é esta: fêmea de falsa-viúva

21.08.2020

O leitor Carlos Santos fotografou esta aranha a 18 de Abril na Foz do Neiva, Esposende, e quis saber a que espécie pertence. Sérgio Henriques responde.

Tratar-se-á de uma fêmea de Steatoda, possivelmente Steatoda grossa ou uma Steatoda nobilis particularmente escura.

Espécie identificada por: Sérgio Henriques, líder do grupo de especialistas em aranhas e escorpiões da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e especialista da Sociedade Zoológica de Londres.

Estas aranhas são bastante comuns em casas e em outras infrastructuras humanas. Mas normalmente vivem na sua teia tridimensional e raramente são vistas a andar livremente no chão ou em paredes onde estão expostas a predadores e não são tão ágeis.

São um grupo próximo da infame viúva negra e por isso são chamadas de falsas-viúvas.

Mas a sua reputação não é merecida e são animais tímidos, nada agressivos e cuja mordedura mesmo que seja forçada dificilmente causa sintomas graves.

Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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