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Cuco-rabilongo. Foto: Frank Vassen / Wiki Commons

Que espécie é esta: cuco-rabilongo

12.03.2021

O leitor Luís Cardeira fotografou esta ave em Martim Longo, Alcoutim, em Junho de 2019 e pediu ajuda na identificação. Gonçalo Elias responde.

Trata-se de um cuco-rabilongo (Clamator glandarius).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

A ave que o leitor encontrou é um juvenil.

Esta é uma espécie de cuco menos comum do que o cuco-canoro (Cuculus canorus), que também podemos ver em Portugal.

Cuco-rabilongo. Foto: Frank Vassen/WikiCommons

O cuco-rabilongo tem, como o próprio nome indica, uma cauda muito longa.

Na cabeça tem uma pequena poupa. O peito é bege e as asas superiores são castanhas.

Os juvenis têm manchas arruivadas nas asas.

Este cuco ocorre de norte a sul do país mas é em geral uma espécie pouco 
abundante, segundo o portal Aves de Portugal. “De uma forma geral, é mais frequente na metade interior do território e mais comum no sul que no norte.”

É uma espécie estival. Os primeiros indivíduos chegam em Janeiro ou Fevereiro e a maioria deverá chegar durante o mês de Março.

Os juvenis voadores são vistos sobretudo em Junho, como o que o leitor encontrou, após o que o cuco-rabilongo abandona o nosso território.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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