A leitora Maria Manuel Figueiredo encontrou estes casulos numa marquise em Faro a 12 de Agosto e pediu ajuda para saber a que espécie pertence. Albano Soares responde.
“Residimos em Faro, no centro da cidade. No entanto, em frente à marquise e ao lado situam-se algumas casas com logradouro. Nos últimos tempos temos sido ‘atacados’ por uma quantidade de traças que nos preocupou e que não ‘cedem’ aos normais inseticidas, pelo que a busca incessante que temos tido tem sido pelo local onde as mesmas possam ter algum ‘ninho’; até agora sem sucesso. Esta manhã, em vez da origem das traças, deparámo-nos com estes assustadores ninhos colados a um livro; assustadores porque desconhecemos a sua origem, a que espécie pertencem e se nos devemos preocupar com a sua existência ou se existirá necessidade de chamar alguma equipa técnica para os retirar”, escreveu a leitora à Wilder.
Tratam-se de casulos de vespas do género Sceliphron.
Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.
“Estas vespas são inofensivas. Quando o desconhecido nos assusta é complicado…”, explicou Albano Soares.
As vespas Sceliphron vivem em todo o mundo, menos nas regiões polares.
São vespas solitárias e usam barro para construir os seus ninhos, em zonas sombrias e, por vezes, mesmo no interior de portas e janelas.
A construção dos ninhos cabe à fêmea, que pode construir uma célula por dia. O barro é transportado do seu local de origem até ao ninho através de dezenas de viagens da fêmea.
Agora é a sua vez
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