A leitora Joana Almeida tem deparado com algumas aranhas na sua casa, em Odivelas, e pediu ajuda para as identificar. Pedro Sousa indica o que poderão ser.
“Mudei de casa em 2023 e nesse ano apareceram duas ou três aranhas como a da fotografia que vos envio, mas mais pequenas”, afirmou Joana Almeida, numa mensagem enviada à Wilder. A 16 de Janeiro, Joana deparou-se com uma “beleza com cerca de quatro centímetros”, que conseguiu finalmente fotografar.
“Podem ajudar me e dizer me se pode ser venenosa? Ou o que devo fazer para não me aparecerem dentro de casa?”, pediu a leitora.
Poderá tratar-se da aranha-dos-troncos-grande (Zoropsis spinimana), mas não é possível ter certeza absoluta através da fotografia.
Espécie identificada por: Pedro Sousa, biólogo com vasta experiência na identificação de espécies de aranhas autóctones de Portugal e especialista do grupo Aranhas e Escorpiões da IUCN SSC.
“Estas aranhas têm sempre quatro grandes olhos posteriores, formando um quadrado mais ou menos bem definido”, descreveu o biólogo, numa identificação anterior. Costumam estar ativas ao longo de todo o ano e são muitas vezes encontradas pelos leitores da Wilder.
De acordo com Pedro Sousa, “esta é uma espécie que pode trepar com facilidade para praticamente qualquer superfície. É capaz de subir a superfícies como vidro, ao contrário de espécies com aspecto semelhante, como as aranhas lobo”.
E por isso, “o ideal será não deixar que o animal entre dentro de casa, até porque depois pode não encontrar a saída e acabar por morrer dentro da habitação”. Não ter vasos ou volumes semelhantes do lado de fora de casa e ter cuidado para manter as janelas fechadas ou com alguma rede que lhes dificulte a entrada são estratégias possíveis.
Por outro lado, embora o tamanho desta aranha lhe permita perfurar a pele humana (algo que poucas aranhas conseguem fazer), raramente o faz. Se se sentir obrigada a isso, a sua mordedura não é perigosa.
Agora é a sua vez.
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