Seis aves em plumagem nupcial para ver em Abril e Maio no Estuário do Tejo

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Numa altura em que está a decorrer um concurso de fotografia sobre o estuário do Tejo, aqui estão seis propostas de aves que estão agora a passar por esta zona de Portugal, nas suas migrações. E estão mais vistosas do que nunca.

Um dos fenómenos imperdíveis do Estuário do Tejo nesta época do ano é a passagem de um conjunto de aves muito especial. São aves limícolas que estão em viagem de África, onde passaram o Inverno, para o Norte da Europa, onde se vão reproduzir na Primavera.

Fazem estas grandes viagens entre países como a Mauritânia e a Guiné-Bissau em direcção à Islândia, Escandinávia ou Sibéria, explica à Wilder Teresa Catry, investigadora do CESAM (Centro de Estudos do Ambiente e do Mar na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa) que se dedica ao estudo das aves costeiras migradoras.

“Estas aves usam o estuário como zona de paragem, para descansar, e também para reporem energia que permita continuar a migração”, explica a investigadora.

“Nesta fase muitas aves apresentam já plumagens nupciais, isto é, as plumagens típicas da reprodução, que são muitas vezes coloridas e mais conspícuas do que as “cinzentas” plumagens de inverno.”

Além disso, “de uma forma geral, nesta altura as aves limícolas vocalizam mais, enchendo o estuário com sons que não são tão comuns durante o inverno!”

Aqui ficam, então, seis destas espécies que poderá querer procurar, sugeridas por Teresa Catry.

Seixoeira (Calidris canutus):

Seixoeiras. Foto: Dick Daniels/WikiCommons

Fuselo (Limosa lapponica):

Fuselo. Foto: Ron Knight/WikiCommons

Maçarico-de-bico-direito (Limosa limosa):

Os maçaricos-de-bico-direito ganham tonalidades avermelhadas ou alaranjadas. Foto: Frank Vassen/WikiCommons

Pilrito-de-bico-comprido (Calidris ferruginea):

Os pilritos-de-bico-comprido também ganham tonalidades avermelhadas ou alaranjadas. Foto: David Raju/WikiCommons

Tarambola cinzenta (Pluvialis squatarola):

Tarambola-cinzenta. Foto: Zeynel Cebeci/WikiCommons

Pilrito-comum (Calidris alpina):

O Pilrito-comum ganha uma barriga preta nesta época do ano. Foto: Jevgenijs Slihto/WikiCommons

Saiba mais aqui sobre o Concurso de Fotografia  “Ao ritmo das marés: a vida do estuário do Tejo”. 

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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