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Foto: Joana Bourgard

Festival de Ciência Online vai trazer os cientistas a nossa casa

15.05.2020

O Dia Nacional dos Cientistas comemora-se já este sábado, dia 16, num festival recheado de explorações, conversas e experiências através da Internet. Conheça as sugestões da Wilder.

 

“O Festival de Ciência Online é uma celebração da ciência e dos cientistas, como motor para o progresso social assente na curiosidade, na criatividade, no pensamento crítico e no envolvimento de todos os cidadãos”, explica a agência Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.

São muitas as iniciativas que vão realizar-se entre as 16h e as 19h deste sábado, sempre com a participação de cientistas ligados a universidades portuguesas nas áreas mais diversas, incluindo a biologia, a geologia, a arqueologia ou a astronomia, entre outras.

No programa está por exemplo uma actividade de “Exploração Virtual”, onde os visitantes são levados a conhecer laboratórios, minas, estações de pesquisa ou mesmo o fundo do mar.

Entre oito diferentes “visitas”, podemos acompanhar por exemplo José Xavier, investigador do Centro de Ciências do Mar e Ambiente, da Universidade de Coimbra, e da British Antarctic Survey. Este biólogo marinho vai levar os “viajantes” à região da Antártida, onde investiga o comportamento de pinguins, focas e albatrozes, predadores de topo, e as suas relações com as alterações climáticas.

Já a cientista Ana Colaço vai dar a conhecer os domínios do mar profundo, onde faz investigação desde 1997. Esta bióloga marinha tem estudado nos últimos anos os possíveis efeitos da actividade humana nos ecossistemas do mar profundo e a sua conservação.

Previsto está também um ciclo de conversas rápidas, ‘sprintalks’, sobre “O que Faz um Cientista”: 13 investigadores falam sobre o que fazem e o que os apaixona, dando a conhecer dados curiosos sobre as suas áreas científicas.

Entre mais de uma dezena de investigadores, vai ser possível ficar a conhecer melhor alguns que estão ligados à área da investigação em biologia, ecologia e conservação da biodiversidade. Por exemplo? Jorge Paiva – botânico distinguido com o Grande Prémio Ciência Viva Montepio em 2014 -, o ecólogo Jael Palhas, Jorge Palmeirim – especialista em morcegos e aves – e ainda Ana Sofia Reboleira, que dedica a vida a investigar espécies dos ecossistemas subterrâneos.

Na agenda há também uma parte dedicada aos “Testemunhos” sobre o impacto da ciência na vida e no progresso da sociedade. É possível ouvir por exemplo José Matos, actualmente bastonário da Ordem dos Biólogos, o geólogo Galopim de Carvalho e ainda Maria Mota, bióloga premiada na investigação sobre a malária.

“Falar Futuro” e “Ciência em tempos de vírus” são outros dois ciclos de conversas agendados para a tarde deste sábado, quando também vai ser possível aprender a fazer diferentes experiências científicas pela mão de alguns dos Centros de Ciência.

Todas as actividades vão poder ser acompanhadas através do site do festival ou do canal no YouTube.

O Dia Nacional dos Cientistas foi criado em 2016 por uma Resolução da Assembleia da República para ser sempre comemorado a 16 de Maio, data do nascimento de José Mariano Gago, para homenagear o seu legado. Objectivo: “Celebrar e reconhecer a contribuição histórica, relevante e inovadora da comunidade científica para o avanço do conhecimento e, assim, para o progresso e o bem-estar da sociedade.”

Este festival é organizado pela agência Ciência Viva e pela Rede Nacional de Centros Ciência Viva, com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

 

[divider type=”thin”]Saiba mais.

Conheça todo o programa e tenha mais informação sobre os cientistas envolvidos no site do Festival de Ciência Online.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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