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Tubarão-azul

Novo documentário de Luís Quinta estreia a 20 de Setembro

15.09.2020

O filme “Mar da Minha Terra – Almada Atlântica”, que revela os animais do mar “às portas de Lisboa”, estreia na SIC a 20 de Setembro.

Anunciado em Maio passado, este documentário naturalista tem agora uma data para passar na televisão: 20 de Setembro às 12h10, na SIC, revelou hoje Luís Quinta à Wilder.

Este documentário, de 46 minutos, é o mais recente trabalho deste fotógrafo de vida selvagem e demorou cinco anos a fazer.

O objectivo é celebrar as espécies que vivem no mar que banha Almada, em águas atlânticas. Valorizar a riqueza do nosso património natural, que “está mesmo à nossa frente”, é um dos grandes objectivos deste documentário, explica o naturalista.

Também vê neste documentário uma “ferramenta educativa”. “Além de se verem animais fantásticos, detalho comportamentos, simbioses, predação, reprodução, migração, entre muitos outros detalhes ecológicos.”

“Este filme revela inúmeras histórias de vida, primeiro junto da costa, e depois a milhas da praia”, disse anteriormente Luís Quinta, 55 anos, à Wilder.

“O filme tem início na orla costeira, onde milhares e milhares de pessoas fazem praia durante muitos meses do ano e não sabem, nem sonham, a diversidade de seres vivos que as rodeia, ou que navega a dois ou três quilómetros da costa.”

Entre essa diversidade que foi agora captada pelas lentes de Luís Quinta estão dezenas e dezenas de espécies, desde animais minúsculos – “como o plancton (o mais pequeno, uma larva de craca com 0,2mm)” – até à segunda maior baleia do planeta, a baleia-comum que pode atingir os 25 metros de comprimento.

As primeiras imagens para este documentário, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Almada, começaram a ser captadas em 2016; as últimas aconteceram em 2019. 

O mar atlântico de Almada tem uma “biodiversidade enorme”, diz Luís Quinta. “Para quê ir para outro lado do planeta filmar animais que tenho aqui ao pé de mim? É um prazer enorme filmar baleias às ‘portas de Lisboa’ ou micro plancton absolutamente incrível na praia onde conheci o mar.”

Esta é, aliás, a explicação para o título dado ao documentário. “As pessoas falam muito das suas terras, da riqueza biológica do seu território. Por que não falar do mar que tenho à porta de casa, o Mar da Minha Terra?”


Saiba mais aqui sobre o novo documentário de Luís Quinta.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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