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Já pode escolher a sua Árvore Europeia do Ano

01.02.2021
Árvore de Judas na Colina da Igreja de Mélykút, Hungria. Foto: D.R.

As votações para o concurso organizado pela Environmental Partnership Association (EPA) começaram esta segunda-feira, 1 de Fevereiro, e prolongam-se até ao final do mês. Portugal é um dos concorrentes.

O concurso European Tree of the Year realiza-se todos os anos desde 2011. O objectivo é consciencializar as pessoas para a natureza, promover o cuidado e a preocupação com as árvores e o orgulho das comunidades locais e dos países com a sua herança natural.

Em 2021, qualquer interessado pode escolher online as suas favoritas entre as árvores representantes de 14 dos 16 países que costumam participar, que conseguiram realizar os respectivos concursos nacionais apesar dos obstáculos colocados pela pandemia.

Pormenor do Plátano do Rossio, Portalegre, concorrente português este ano. Foto: Ana M. Fonseca dos Santos

Por Portugal, este ano concorre o Plátano do Rossio de Portalegre, escolhido no concurso de Árvore Portuguesa do Ano que terminou em Novembro passado. Esta árvore “é um dos maiores plátanos da Península Ibérica”, lembra a UNAC – União da Floresta Mediterrânica, responsável pelo concurso a nível nacional. “De porte majestoso, guarda em si, nas suas longas e robustas pernadas, anos e anos de memórias coletivas e segredos infindáveis. Há muito que é lugar de encontros e reencontros, e ali nasceram clubes, associações e bandas filarmónicas.”

No início da corrida, sobressaem como candidatos de peso o Plátano Milenar de Curinga, de Itália – o que tinha mais votos nesta segunda-feira, mais de 1.500 – e a Azinheira Milenar de Lecina, uma árvore mística de Espanha que para já ocupa o segundo lugar, com mais de 1.400 votos.

Plátano Milenar da Curinga, em Itália. Foto: Antonio Bretti

Bem colocada no concurso está também a Macieira Perto de Lidman, da República Checa, com mais de 700 votos no início da semana, “uma árvore verdadeiramente europeia, como evidenciado pelo facto desta variedade Reneta blenheim ter sido criada no local de nascimento de Winston Churchill.” No mesmo patamar quanto às votações está a Árvore de Judas na Colina da Igreja de Mélykút, que surpreende com “uma verdadeira explosão de flores”.

Árvore de Judas na Colina da Igreja de Mélykút. Foto: D.R.

Como se vota?

Segundo a UNAC, as votações realizam-se até 28 de Fevereiro, através do site do concurso, e cada participante deve escolher duas árvores favoritas. Todavia, o número de votos para cada árvore passa a ser secreto na última semana do mês, a partir de dia 22, pelo que só mais tarde será possível confirmar qual foi a árvore vencedora.

Macieira Perto de Lidman, República Checa. Foto: Marek Olbrzymek

O anúncio e a cerimónia de atribuição do prémio para a Árvore Europeia do Ano 2021 estão previstos para dia 17 de Março, durante a conferência “Plantando para o Futuro: 3 mil milhões de árvores na Europa“.

Na edição de 2018, foi uma árvore portuguesa que venceu o concurso para Árvore Europeia do Ano, conhecido como o Sobreiro Assobiador de Águas de Moura, em Palmela.


Apoie o projecto de jornalismo de natureza da Wilder com o calendário para 2021 dedicado às aves selvagens dos nossos jardins.

Com a ajuda das ilustrações de Marco Nunes Correia, poderá identificar as aves mais comuns nos jardins portugueses. O calendário Wilder de 2021 tem assinalados os dias mais importantes para a natureza e biodiversidade, em Portugal e no mundo. É impresso na vila da Benedita, no centro do país, em papel reciclado.

Marco Nunes Correia é ilustrador científico, especializado no desenho de aves. Tem em mãos dois guias de aves selvagens e é professor de desenho e ilustração.

O calendário pode ser encomendado aqui.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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