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Leopardo-da-pérsia fotografado no Jardim Zoológico de Lisboa. Foto: Joel Sartore

Exposição Photo Ark vai ficar no Porto mais três meses

30.04.2018

Cerca de 50 mil pessoas já visitaram a exposição Photo Ark, com as espécies selvagens em perigo de extinção, fotografadas por Joel Sartore. Esta mostra no Porto acaba de ser prolongada por mais três meses.

 

A exposição, que estaria na Galeria de Biodiversidade – Centro Ciência Viva do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto de 17 de Outubro de 2017 até 29 de Abril deste ano, foi prolongada até 29 de Julho.

São cerca de 50 fotografias, infografias e vídeos de espécies em perigo num espaço com 250 metros quadrados. Em seis meses cerca de 50 mil pessoas olharam nos olhos estes animais, sabendo que estão em vias de extinção.

“É apenas justo que possamos, ao longo de mais três meses, receber a visita de todos os que ainda não tiveram oportunidade de ver com os seus próprios olhos os animais que se mostram pela lente de Joel Sartore e, claro, dos que não resistem a repetir a experiência”, comentou, em comunicado, Nuno Ferrand de Almeida, director do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.

A exposição é uma iniciativa da National Geographic, em colaboração com a Universidade do Porto. “A ciência e a cidade precisam de iniciativas destas, e o grande sucesso desta exposição, reflectido através do número de visitantes que já a visitaram, é prova disso”, acrescentou.

Esta assume-se como a maior “arca fotográfica” do mundo, um projeto internacional de Joel Sartore, conceituado fotógrafo, porta-voz, autor, professor, conservador, parceiro e colaborador regular da National Geographic há mais de 20 anos, que reúne milhares de fotografias de espécies em perigo.

Entre as espécies expostas estão seis fotografias de espécies em perigo que foram captadas em Portugal, no Jardim Zoológico e no CIBIO-InBIO – Centro de Investigação de Biodiversidade do Porto. O leopardo-da-pérsia, o lobo-ibérico, a girafa-de-angola, a impala-de-face-negra, a lebre-ibérica e a serpente-rei-oriental juntaram-se a outras 40 espécies já presentes na exposição Photo Ark. Para além das fotografias, a mostra conta também com um vídeo de “behind the scenes” da sessão de Joel Sartore em Portugal, com toda a logística que o fotógrafo utilizou para captar na sua lente animais tão distintos como a girafa-de-angola e o leopardo-da-Pérsia.

O projeto Photo Ark nasceu pelas mãos de Joel Sartore, materializando o compromisso de fotografar todas as espécies em cativeiro do mundo. O intuito do projeto é levar as pessoas a encantarem-se pela biodiversidade do nosso planeta e a protegê-la. O projeto teve início em 2006 e, desde então, o fotógrafo da National Geographic já documentou 7.000 espécies.

A missão é sensibilizar os portugueses para um desafio à escala mundial: a necessidade de preservação da vida selvagem e da biodiversidade.

 

[divider type=”thick”]Saiba mais.

A Galeria da Biodiversidade e a exposição estão abertas de Terça-feira a Domingo, entre as 10h00 e as 18h00.

Saiba aqui quais os preços dos bilhetes e outras informações.

Conheça melhor o trabalho de Joel Sartore aqui e o projecto Photo Ark.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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