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Ouriço (Erinaceus europaeus). Foto: Michael Gäbler

Estão abertas as votações para a criatura mal-amada mais especial

04.02.2016

Agora que se aproxima o Dia dos Namorados, e porque as espécies mal-amadas também merecem ser reconhecidas, pode votar nos seus favoritos entre 84 animais e plantas que são olhados de lado, desprezados e até mesmo perseguidos.

 

A Arkive, uma iniciativa que pretende construir uma base de dados da biodiversidade mundial, de consulta livre, contactou organizações ambientais em todo o mundo com um pedido: nomearem as espécies que consideram subvalorizadas e mal-amadas e explicarem por que razão entendem que devem ser tidas em conta.

Desta consulta, resultaram assim 84 espécies que ganharam um perfil no blogue da Arkive, onde se pode ler informação relevante sobre cada uma, qual foi a organização que a nomeou e quais as razões para ser tão especial.

A votação realiza-se através da Internet até às 8h00 de dia 15 de Fevereiro (hora de Portugal) e está aberta a pessoas de todo o mundo, mas cada participante pode votar apenas em dois nomeados. Objectivo? Conseguir colocar as suas espécies favoritas no ‘top ten’ e dar-lhes a visibilidade que merecem.

Desta lista de espécies nomeadas, pelo menos 15 podem ser observadas em território português.

É o caso de algumas aves, como a rola-brava (Streptotelia turtur), o maçarico-real (Numenius arquata) e o ganso-patola (Morus bassanus) e dos escaravelhos vaca-loura (Lucanus cervus) e Malachius aeneus.

 

Abelha-europeia (Apis mellifera). Foto: Arturo Mann / Wiki Commons

Mas também a abelha-europeia (Apis mellifera), a libelinha Coenagrion mercuriale (conhecida em inglês por ‘Southern Damselfly’, ou seja, ‘libelinha do sul’), a borboleta Boloria euphrosyne e o cavalo-marinho Hippocampus hippocampus ocorrem em Portugal, sem esquecer o ouriço-terrestre (Erinaceus europaeus) e o rato-do-campo-de-rabo-curto (Microtus agrestis).

O polvo-comum (Octopus communis), a lontra-europeia (Lutra lutra), a lampreia-de-riacho (Lampreta planeri) e a planta Gallium tricornutum são outras espécies nomeadas que se conseguem observar num passeio pelo campo.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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