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Estas são as 37 espécies exóticas que preocupam a União Europeia

15.07.2016

A primeira lista com as espécies exóticas invasoras mais preocupantes na União Europeia tem 37 nomes. Destes, 14 ocorrem em Portugal. Saiba quais são.

 

A lista das 37 espécies que preocupam a União Europeia é composta por 14 espécies de plantas, nove de mamíferos, seis de crustáceos, três de aves, duas de peixes, uma de anfíbios, uma de répteis e uma de insectos.

De todas estas, 14 ocorrem em Portugal, segundo a lista de espécies anexadas ao Decreto-Lei nº565/99, de 21 de Dezembro. Aqui fica a lista europeia completa:

 

Flora:

Baccharis halimifolia

Heracleum persicum

Heracleum sosnowskyi

Pueraria lobata: kudzu (ocorre em Portugal)

Parthenium hysterophorus

Persicaria perfoliata

Cabomba caroliniana

Hydrocotyle ranunculoides

Lagarosiphon major

Ludwigia grandiflora

Ludwigia peploides (ocorre em Portugal)

Lysichiton americanus

Myriophyllum aquaticum: pinheirinha ou milefólio-aquático (ocorre em Portugal)

Eichhornia crassipes: jacinto-de-água (ocorre em Portugal)

 

Mamíferos:

Callosciurus erythraeus

Sciurus niger: esquilo-raposa

Tamias sibiricus: esquilo-da-sibéria

Sciurus carolinensis: esquilo-cinzento (ocorre em Portugal)

Herpestes javanicus: mangusto-pequeno-asiático

Myocastor coypus: ratão-d’água (ocorre em Portugal)

Nasua nasua: quati

Muntiacus reevesi: Muntjac-de-reeves

Procyon lotor: guaxinim (ocorre em Portugal)

 

Aves:

Corvus splendens

Oxyura jamaicensis: pato-de-rabo-alçado-americano (ocorre em Portugal)

Threskiornis aethiopicus: íbis-sagrado

 

Crustáceos:

Eriocheir sinensis: caranguejo-peludo-chinês (ocorre em Portugal)

Orconectes limosus: lagostim-dos-canais

Orconectes virilis

Pacifastacus leniusculus: lagostim-do-Pacífico (ocorre em Portugal)

Procambarus clarkii: lagostim-vermelho-do-louisiana (ocorre em Portugal)

Procambarus fallax

  

Anfíbios:

Rana catesbeianus: rã-touro-americana (ocorre em Portugal)

 

Répteis:

Trachemys scripta: tartaruga-da-florida (ocorre em Portugal)

 

Peixes:

Perccottus glenii

Pseudorasbora parva

 

Insectos:

Vespa velutina nigrithorax: vespa-asiática (ocorre em Portugal)

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez. Deixamos-lhe três ideias do que pode fazer para ajudar.

  • Participe nas acções de remoção de espécies exóticas que frequentemente decorrem em Portugal, como a remoção de chorão nas praias, de acácias na Mata da Machada (no Barreiro) ou de peixes exóticos invasores na Ribeira do Vascão, no Alentejo, por exemplo.
  • Sempre que identificar plantas exóticas invasoras, pode inseri-las no mapa de avistamentos do projecto Invasoras.pt. A Comissão Europeia aconselha a contactar as autoridades responsáveis, neste caso o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
  • Evite comprar estas espécies para ter em casa, quer seja como animais de companhia ou plantas para ter na varanda ou no jardim, como decoração. Se já as tiver, não precisa tomar medidas drásticas. A Comissão Europeia aconselha a manter os animais até ao fim das suas vidas, desde que se evite a reprodução ou a fuga para o ambiente. Quanto a hortos, viveiros e lojas de animais domésticos, também vai haver mudanças. Estes terão dois anos para escoar os seus stocks de espécies exóticas invasoras (quer vendendo ou transferindo estas espécies para estabelecimentos com licença para continuar a tê-las).

 

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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