O leitor Bruno Miguel d’Costa Miranda encontrou estas lagartas da borboleta esfinge-da-videira a 29 de Setembro e colocou-nos a sua dúvida. A Rede de Estações de Borboletas Nocturnas responde.
A 29 de Setembro “de manhã, perto de algumas videiras, achei duas lagartas da borboleta esfinge da videira. Pela primeira vez reparei em características que nunca havia reparado e queria saber se representam dimorfismo sexual … ou se é apenas alguma espécie de fenótipo. Uma das lagartas, para além de apresentar uma cor mais esverdeada, com listras escuras perto das pernas, possui riscas brancas na região dos ‘olhos falsos’. A outra tinha tons mais acastanhados e em geral não tinha estes padrões “peculiares”. Seria esta última uma fêmea?”, perguntou o leitor à Wilder.
“Tal como o leitor indica, ambas pertencem à mesma espécie: Hippotion celerio. A variação que o leitor nota é normal na espécie em questão. A variação pode ser bem mais evidente. Não tenho conhecimento que possa ser indicativo do sexo do animal”, respondeu João Nunes, da Rede de Estações de Borboletas Nocturnas.
A borboleta esfinge-da-videira é uma borboleta nocturna da família Sphingidae. Foi descrita pelo sueco Carl Linnaeus, pai da taxonomia moderna, em 1758.
As lagartas têm uma curiosa estratégia de defesa: têm um espigão negro na extremidade posterior e duas manchas grandes que fazem lembrar olhos “terríveis”, para afugentar predadores.
As lagartas desta espécie alimentam-se de folhas de vinha e de trepadeiras.
Agora é a sua vez.
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