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Sapo-parteiro-comum (Alytes obstetricans). Foto: Felix Reimann/Wiki Commons

Que espécie é esta: som de sapo-parteiro

04.11.2024

A leitora Luísa Seixas ouviu este som a 30 de Maio em Ovar e pediu ajuda na identificação da espécie. Magnus Robb responde.

“Começo por agradecer e enaltecer a qualidade do trabalho da Wilder. Envio esta mensagem para identificar um animal através do som. O som foi captado a 30 maio, às 22h32m, em Ovar, no meu quintal, fronteiriço ao parque urbano, atravessado pelo rio Cáster. Este som é audível entre o entardecer e a noite avançada, entre abril e o final do verão/ início do outono”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de um sapo-parteiro-comum (Alytes obstetricans).

Espécie identificada por: Magnus Robb, ornitólogo britânico especializado na gravação do canto de aves.

“A espécie na gravação é o sapo-parteiro-comum, Alytes obstetricans. Às vezes é confundido com o mocho-de-orelhas-pequeno e até tenho uma gravação gira dos dois a vocalizar ao mesmo tempo. O sapo-parteiro-comum costuma vocalizar de dentro de uma toca. Mesmo quando estamos a poucos centímetros do som muitas vezes não dá para descobrir o animal”, respondeu Magnus Robb.

Os machos desta espécie carregam um fio de ovos fertilizados, enrolados à volta das pernas, para os proteger de predadores. Daí o nome comum.

Esta espécie prefere massas de água permanente, como ribeiros, charcos e tanques.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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