O leitor Luís Armando Coelho fotografou esta vespa no Laranjeiro, Almada, a 3 de Setembro de 2023 e pediu ajuda na identificação. Albano Soares responde.
“Vespa asiática? Encontrada dia 3 de setembro de 2023 às 11h00 na Rua da escola 22 A – Laranjeiro 2810-203. Não sei se a imagem é suficiente mas foi o mais perto que consegui. Estava num cacho de bananeira”, escreveu o leitor à Wilder.
Trata-se de uma vespa-asiática (Vespa velutina).
Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.
“É sim, Vespa velutina”, respondeu Albano Soares.
Esta espécie invasora terá chegado a Portugal em 2011 pela região de Viana do Castelo. Neste momento “só não é observada no Alentejo e no Algarve”, explicou.
A sua picada “só se torna potencialmente perigosa se a vítima for alérgica e desencadear um choque anafilático com consequências fatais”. “Como no caso das outras vespas, recomenda-se prudência na aproximação de uma colónia destas espécies.”
Ainda assim, é importante não a confundir com espécies nativas de Portugal, como a vespa-europeia, importantes para a manutenção da biodiversidade.
“Todos os avistamentos de ninhos ou de vespas devem ser reportados no portal stopvespa.icnf.pt“, disse a investigadora Maria João Verdasca, num artigo na Wilder. Nesse portal pode fazer a georreferenciação da ocorrência. “Ou então pode ligar para a linha SOS AMBIENTE (808 200 520). Neste caso o observador será informado do procedimento a seguir para a efetiva comunicação da suspeita”.
Estas vespas acasalam no Outono, com o surgimento dos machos e fêmeas reprodutores. As futuras vespas-rainhas, depois de fecundadas, procuram um local para passar o Inverno. Quando chegam os dias mais amenos, em Fevereiro ou Março, iniciam uma nova colónia. As obreiras, os machos e a rainha deste ano morrem quando chegam os dias mais frios.
Agora é a sua vez.
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