O RestArribas, que agora terminou, esteve desde 2018 a fomentar o bosque no Parque Natural do Douro Internacional atingido pelos incêndios de 2017, informou o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
As equipas deste projecto fizeram sementeiras de zimbro e de azinheira em 83 hectares, plantaram árvores e arbustos autóctones em 19,5 hectares e fizeram a gestão da vegetação arbustiva e arbórea em 90 hectares de azinhal/zimbral.
Os objectivos do RestArribas foram “aproveitar a regeneração natural de espécies arbóreas autóctones, melhorar o estado de conservação de habitats e implementar áreas demonstrativas da aplicação de técnicas de gestão florestal”, explicou o ICNF em comunicado. Para isso levou para o terreno acções de recuperação e de protecção de habitats prioritários destruídos por incêndios em 2017.
“Os zimbrais são bosques autóctones de particular importância pela sua raridade, grau de ameaça, valor ecológico e paisagístico, enquadrados nos habitats Florestas endémicas de Juniperus spp. e Matagais arborescentes de Juniperus spp. que constam da respetiva Diretiva Europeia.”
As acções de sementeira e de plantação aconteceram “em zonas de alto valor de conservação que têm vindo a ser degradadas por incêndios e pelo pastoreio”. As principais espécies utilizadas foram o zimbro e a azinheira.
O projecto foi cofinanciado pelo Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR). As ações foram executadas através de contratação de serviços – para executar a sementeira de zimbro e de azinheira e plantação de espécies arbóreas e arbustivas autóctones – e também com recursos próprios do ICNF, envolvidos na remoção de matos em volta de exemplares arbóreos e com podas seletivas desses exemplares, em áreas privadas que foram alvo de acordos com os seus proprietários.