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Parque Natural do Douro Internacional. Foto: ICNF

Projecto restaurou bosques do Douro Internacional queimados em 2017

16.08.2023

O RestArribas, que agora terminou, esteve desde 2018 a fomentar o bosque no Parque Natural do Douro Internacional atingido pelos incêndios de 2017, informou o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

As equipas deste projecto fizeram sementeiras de zimbro e de azinheira em 83 hectares, plantaram árvores e arbustos autóctones em 19,5 hectares e fizeram a gestão da vegetação arbustiva e arbórea em 90 hectares de azinhal/zimbral.

Os objectivos do RestArribas foram “aproveitar a regeneração natural de espécies arbóreas autóctones, melhorar o estado de conservação de habitats e implementar áreas demonstrativas da aplicação de técnicas de gestão florestal”, explicou o ICNF em comunicado. Para isso levou para o terreno acções de recuperação e de protecção de habitats prioritários destruídos por incêndios em 2017.

“Os zimbrais são bosques autóctones de particular importância pela sua raridade, grau de ameaça, valor ecológico e paisagístico, enquadrados nos habitats Florestas endémicas de Juniperus spp. e Matagais arborescentes de Juniperus spp. que constam da respetiva Diretiva Europeia.”

As acções de sementeira e de plantação aconteceram “em zonas de alto valor de conservação que têm vindo a ser degradadas por incêndios e pelo pastoreio”. As principais espécies utilizadas foram o zimbro e a azinheira.

O projecto foi cofinanciado pelo Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR). As ações foram executadas através de contratação de serviços – para executar a sementeira de zimbro e de azinheira e plantação de espécies arbóreas e arbustivas autóctones – e também com recursos próprios do ICNF, envolvidos na remoção de matos em volta de exemplares arbóreos e com podas seletivas desses exemplares, em áreas privadas que foram alvo de acordos com os seus proprietários.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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