No espaço de uma semana recebemos mais um pedido de identificação de uma rela azul, observada em Beja. Rui Rebelo responde ao leitor José Torres.
“Esta rã, ou rela, foi encontrada pelo Nuno Coutinho, em Beja. Estava numa roseira na rua, este fim de semana (17 e 18 de Dezembro). De que espécie se trata? É autóctone?”, perguntou o leitor à Wilder.
Trata-se de uma mutante azul de rela-meridional (Hyla meridionalis).
Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Trata-se de uma mutação recessiva (como por exemplo várias das que causam o albinismo) e pode ser que a frequência deste alelo seja maior na região de Beja. A 20 de Dezembro identificámos uma outra rela mutante também em Beja.
É uma rela meridional, Hyla meridionalis.
Em comparação com o indivíduo anterior, este animal tem uma parte verde e outra azul. Provavelmente isto acontece porque o exemplar é um mosaico – algumas das suas células têm a mutação e outras não. O modo como o padrão dos dois tipos de células se distribui pela pele do animal dá algumas pistas sobre o processo de formação da pele durante o desenvolvimento embrionário.
Agora é a sua vez.
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