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Coligação C6 pede a Governo português que defenda a natureza na Europa

03.11.2015

Nove Estados membros já se pronunciaram a favor da continuação das duas leis europeias de protecção da Natureza, actualmente em avaliação em Bruxelas. Hoje, seis organizações ambientalistas portuguesas pediram ao Governo de Portugal que clarifique a sua posição e que faça o mesmo.

 

Recentemente, os Governos da Alemanha, França, Itália, Espanha, Polónia, Roménia, Croácia, Luxemburgo e Eslovénia escreveram uma carta ao Comissário Europeu do Ambiente e ao Vice-Presidente para pedir que mantenham as Directivas Aves e Habitats.

Agora, foi a vez dos eurodeputados que representam os sete maiores grupos políticos fazerem o mesmo.

“Este é um momento histórico que mostra claramente que os Estados-membros e o Parlamento Europeu acreditam na legislação relativa à Natureza na Europa”, escreve hoje, em comunicado, a coligação C6, constituída pelas associações portuguesas Geota, Fapas, LPN (Liga para a Protecção da Natureza), Quercus, Spea (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves) e WWF/Portugal.

A coligação pede ao Governo português que “clarifique a sua posição e se mostre também a favor da natureza”.

O processo de avaliação das duas directivas, nas mãos da Comissão Europeia, motivou, em Maio, o lançamento da campanha internacional “SOS Natureza – Nature Alert”, por parte das maiores organizações não governamentais de Ambiente na União Europeia. Numa consulta pública no Verão, mais de 520.000 cidadãos europeus pediram a Bruxelas para salvar as leis da Natureza; em Portugal mais de 5000 pessoas responderam ao apelo.

“As causas da perda de biodiversidade na Europa foram identificadas. Agora é altura dos políticos agirem com políticas efectivas que as contrariem”, comentou Tito Rosa, presidente da LPN e representante da C6.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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