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Que espécie é esta: fungo do género Russula

20.11.2020

O leitor Filipe Eusébio fotografou estes fungos em São Mamede a 13 de Novembro, e pediu ajuda na identificação. A associação Ecofungos responde.

Esta espécie foi “encontrada em pinhal, em grupos mais ou menos próximos. No chapéu tem um aspecto cor de vinho”, explicou o leitor à Wilder.

Trata-se de uma espécie do género Russula.

Espécie identificada e texto por: Ecofungos – Associação Micológica.

Estes fungos pertencem à Ordem das Russulales, Género Russula, que integra mais de 780 espécies descritas em todo o mundo. 

Têm um papel fundamental na ecologia pois estabelecem ligações micorrízicas, ou de simbiose, com as árvores a que se associam.

O outro género que integra a mesma Ordem são as Lactarius.

A maior e mais evidente diferença entre o género Lactarius e o género Russula é a presença de uma substância viscosa, presente nos primeiros. Esta substância, designada por látex, é exsudada, quando provocamos por exemplo um corte no cogumelo.     

Começamos, recentemente e com o avanço da tecnologia e da Ciência, a compreender melhor este género através de trabalhos em sequenciação de DNA, mas o caminho ainda é longo até termos uma correta classificação de todas as espécies.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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