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Que espécie é esta: vespa-mamute

10.11.2020

A leitora Paula Paiva fotografou este insecto a 15 de Julho na praia Fonte do Cortiço e quis saber qual a espécie a que pertence. Maria João Verdasca responde.

“Não é raro encontrar este insecto nas praias da costa alentejana. Gostaríamos de o conhecer melhor”, escreveu Paula Paiva à Wilder.

Este insecto foi observado na praia Fonte do Cortiço ou Areias Brancas, junto a Vila Nova de Santo André.

Trata-se de uma vespa mamute (Megascolia maculata).

Espécie identificada por: Maria João Verdasca, investigadora do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c).

Segundo a investigadora, este insecto que foi fotografado pela leitora “parece ser macho por ter a cabeça escura (a das fêmeas é alaranjada)”.

A vespa mamute é uma das maiores vespas da Europa e muitas vezes pode ser confundida com a vespa asiática.

Esta vespa tem o corpo preto brilhante, coberto por uma camada de pêlos. A sua cabeça é amarela no topo e tem 4 zonas amarelas sem pêlos no abdómen.

Os adultos comem pólen e néctar e são parasitas do escaravelho rinoceronte (Oryctes nasicornis).

Picam se molestadas, mas não são nada agressivas.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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