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Foto: Rita Costa

Que espécie é esta: borboleta nocturna Noctua pronuba

05.06.2020

A leitora Rita Costa fotografou uma borboleta nocturna em casa, no final de Maio, e pediu para saber a identificação. Eva Monteiro responde. 

 

“Vivo em Lisboa, perto de uma rua com muitas tílias. Nesta altura do ano, quando a temperatura começa a subir, não podemos abrir as janelas de casa porque temos uma praga destas borboletas junto às roupas, atrás dos objectos”, indicou Rita Costa, pedindo ajuda para saber o que são e as “afugentar”.

A borboleta na foto parece ser uma borboleta nocturna Noctua pronuba.

 

Foto: Rita Costa

 

Espécie identificada e texto por: Eva Monteiro, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

“Apesar de impressionem pelo tamanho e voo errático e barulhento, estas traças não representam um grande problema quando entram em casa pois, contrariamente ao que associamos, não fazem buracos na roupa, nem se alimentam da nossa dispensa”, explica a investigadora, que nota que os estragos nas roupas são causados por “lagartas de umas poucas espécies de borboletas nocturnas bastante mais pequenas do que as nóctuas”.

No entanto, é certo que estas borboletas também “podem ser aborrecidas”, pelo que nesse caso, para “impedir que entrem em casa, o melhor é ter as luzes apagadas quando abrimos as janelas à noite”.

Outra opção sugerida por Eva Monteiro: “Aproveitar a ‘invasão’ para as observar e fotografar (como fizeram). Repararam ao tirar a fotografia que esta espécie tem asas posteriores de um cor-de-laranja lindo?”

 

[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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