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48 cágados-de-carapaça-estriada libertados na Ria Formosa

10.06.2015

No âmbito de um projecto de conservação da natureza ibérico, 48 cágados-de-carapaça-estriada foram libertados em duas lagoas do Parque Natural da Ria Formosa, no Algarve. Esta é uma espécie Em perigo de extinção em Portugal.

 

Os cágados-de-carapaça-estriada (Emys orbicularis), nascidos em cativeiro, foram libertados a 4 de Junho na Lagoa de S. Lourenço e na Lagoa de Quinta do Lago Sul, no Parque Natural da Ria Formosa.

Esta libertação foi a terceira e última realizada no âmbito de um projecto de conservação para travar a ameaça que as espécies exóticas invasoras, nomeadamente as tartarugas-de-água-doce, impõem sobre o cágado-de-carapaça-estriada.

Desde 2011 que entidades portuguesas e espanholas começaram a trabalhar num conjunto de lagoas no Parque Natural da Ria Formosa e na província de Valência, em Espanha. Desde o seu início, o projecto Life+ Trachemys “Estratégias e técnicas demonstrativas para a erradicação de cágados invasores” apostou também na reprodução de cágados em cativeiro, para reforçar as populações selvagens desta espécie. Para tal contou com uma parceria entre o CIBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos), o Parque Biológico de Gaia e a Associação ALDEIA/RIAS (Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens), em Portugal, e a Generalidade Valenciana  e a empresa Vaersa, em Espanha.

No total houve um acréscimo de cerca de 40% da população total conhecida das lagoas da Ria Formosa que fizeram parte do projecto.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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