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Este é o primeiro homem a conseguir escalar o El Capitan sem cordas

06.06.2017

Alex Honnold, 31 anos, tornou-se na primeira pessoa a escalar o El Capitan, a famosa formação rochosa vertical com 910 metros de altura do Parque Nacional de Yosemite, na Califórnia, sem cordas.

 

A subida aconteceu no sábado, dia 3 de Junho, e foi registada por Jimmy Chin para um documentário da National Geographic. Alex Honnold fez a escalada sem cordas ou qualquer equipamento de segurança, segundo o site da National Geographic.

 

Vale de Yosemite, com El Capitan à esquerda

 

O alpinista fez a escalada em três horas e 56 minutos, tendo começado de madrugada, às 05h32 locais. Para trás ficaram mais de 12 meses de treino em vários locais dos Estados Unidos, China, Europa e Marrocos.

Em Novembro passado, Honnold tentou escalar o El Capitan mas, passado uma hora, desistiu por sentir que as condições não eram as mais adequadas. No mês passado, fez a escalada com a ajuda de uma corda. Neste sábado, subiu o El Capitan sem equipamento.

“Foi exactamente aquilo que estava à espera. Foi fantástico e correu de forma perfeita”, disse numa entrevista publicada no dia seguinte à escalada no site da National Geographic. Honnold confessou ter estado nervoso antes de começar. “É uma parede assustadora que tens pela frente.”

Horas depois do seu feito, o alpinista publicou um tweet, dizendo ter cumprido o sonho de uma vida.

 

 

Quando lhe perguntaram se sentia que o mundo precisava de um feito assim, neste momento, Honnold respondeu que não. “Do que o mundo precisa agora é que os Estados Unidos permaneçam no Acordo de Paris (sobre alterações climáticas). Há questões maiores. Mas penso que é sempre bom alguém esforçar-se para conseguir fazer algo difícil e alcançar os seus sonhos. Espero que isso inspire alguém.”

[divider type=”thick”]Pode ver aqui parte da escalada de Alex Honnold.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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