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Sete sugestões de natureza para descobrir a Grande Lisboa

23.03.2017

A Wilder esteve na BTL, onde o turismo de natureza foi um dos temas em destaque, e sugere-lhe sete destinos e experiências a não perder na área da Grande Lisboa.

 

  1. Borboletário de Cascais:

Conheça as espécies de borboletas que vivem na região de Cascais, como a borboleta-cauda-de-andorinha, a borboleta-carnaval ou a almirante-vermelho. Dentro do borboletário, cuja estrutura faz lembrar um casulo em fase de metamorfose, poderá apreciar um jardim com espécies da nossa flora onde as borboletas voam livremente. Saiba mais sobre o trabalho deste borboletário nesta visita da Wilder.

Horários:

Março a Junho e Outubro a Novembro: quarta-feira a domingo: 10h00 – 13h00; 14h00 – 16h00

Julho a Setembro: quarta-feira a domingo: 10h00 – 17h00

 

2. Moinho de Maré da Mourisca (Setúbal):

Visite este moinho de maré, um dos quatro que existem no Estuário do Sado, inserido em plena Reserva Natural. Durante 250 anos foi usado para moer cereal e produzir farinha mas as suas oito mós não funcionam desde a década de 50 do século passado. É um local privilegiado para observar aves, nomeadamente num observatório construído ali mesmo ao lado. Na Primavera e Verão procure pernilongos, colhereiros, borrelhos, patos de várias espécies e andorinhas-do-mar; de Novembro a Março é a época ideal para ver alfaiates, flamingos e corvos-marinhos. Há ainda dois percursos que pode fazer: o percurso da Mourisca e o percurso de Montado.

Horários:

Outubro a Março: terça-feira a domingo: 10h00 – 18h00

Abril a Setembro: terça-feira a domingo: 09h30 – 19h30

 

3. Espaço Interpretativo da Lagoa Pequena (Sesimbra):

A melhor forma para observar as aves e outros animais da Lagoa de Albufeira, uma importante zona de nidificação e passagem de aves na Europa, é com uma visita ao Espaço Interpretativo da Lagoa Pequena. Esta é uma área vedada de 68 hectares e com duas lagoas, a Lagoa Pequena e a Lagoa da Estacada. Estas são locais de abrigo, alimentação e nidificação de aves aquáticas. Explore os quatro observatórios (Observatório da Garça, Observatório da Lontra, Observatório do Camão e Observatório do Galeirão) e os dois percursos pedestres sinalizados (percurso das garças e percurso do camão). Aqui pode ver as últimas aves a serem observadas. Leia aqui a reportagem da Wilder na Lagoa Pequena.

Horários:

Sextas-feiras e fins-de-semana: 09h00 – 13h00; 14h00 – 17h00 (de 15 de Junho a 15 de Setembro o horário é: 10h00 – 12h30; 14h00 – 18h30)

Aos terceiros sábados de cada mês, o centro abre às 07h00.

 

4. Trilho nas vinhas (Palmela):

Percorra este percurso pedestre circular, de 10,3 quilómetros entre as vinhas da Casa Ermelinda de Freitas, adegas familiares e montados. Esta visita a uma paisagem vinhateira que se constrói constantemente dura cerca de três horas e tem uma dificuldade II (I a V). O percurso pode ser feito durante todo o ano, mas no Verão é melhor realizá-lo ao entardecer por causa do calor. Ainda no concelho de Palmela, ficam outras sugestões, como passeios nas serras de S. Francisco e S. Luís – local de pasto dos rebanhos que dão origem ao Queijo de Azeitão – e na Serra do Louro, onde poderá ver fósseis de animais marinhos nas escarpas.

 

 

5. Passeios de barco no rio Tejo (Montijo, Barreiro e Vila Franca de Xira):

Pode conhecer o Estuário do Tejo e a biodiversidade dos sapais e mouchões em passeios de barco organizados pelas câmaras municipais do Montijo e de Vila Franca de Xira. Ao longo dos percursos pode observar flamingos, pernilongos, alfaiates ou corvos-marinhos. A Câmara do Montijo organiza, de Maio a Setembro, dois circuitos (dos Cais e Ribeirinho), ambos com duas horas de duração. Os passeios são gratuitos mediante marcação prévia até à quarta-feira que antecede o passeio. Vila Franca de Xira organiza passeios no barco varino tradicional Liberdade a partir de Abril e até Novembro, entre Vila Franca de Xira e a Marina do Parque das Nações ou ainda pelos mouchões da Reserva Natural do Estuário do Tejo; os passeios custam 6 euros (gratuitos para crianças até aos 11 anos) e duram cerca de três horas. Veja aqui as datas dos passeios. Entre Maio e Setembro, a Câmara do Barreiro faz passeios no barco varino Pestarola para que possa descobrir o rio Tejo.

Mais informações:

Montijo: [email protected]

Vila Franca de Xira: [email protected]

Barreiro: [email protected]

 

6. Centro de Interpretação Ambiental Sítio das Marinhas (Moita):

Conheça uma salina em equilíbrio com a paisagem de marés, de salgados e sapais, no Estuário do Tejo. Aqui, a extração de sal faz-se apenas para fins pedagógicos. A partir do centro de interpretação, onde pode ver uma exposição, percorra um trilho com placas informativas sobre a história e natureza relacionadas com as salinas, em especial a as aves aquáticas que dependem do estuário, como o alfaiate, o flamingo, a garça-real, o colhereiro, a galinha-d’água e o borrelho-de-coleira-interrompida.

Horários: sábados, das 14h00 às 18h00

 

 

7. Mata da Machada e Sapal do Rio Coina (Barreiro):

Um passeio pelos três percursos pedestres na mata e sapal é uma boa sugestão para descobrir a natureza da região. A Mata da Machada, com os seus 370 hectares, é o principal espaço florestal do concelho do Barreiro e aqui pode encontrar pinheiros, sobreiros e eucaliptos. O sapal, com 160 hectares, é de grande importância para a biodiversidade, desde aves a anfíbios (saiba mais aqui) e plantas. Todos os primeiros sábados de cada mês, a câmara promove actividades para aproximar a população e a natureza. A próxima é já a 1 de Abril. Das 09h30 às 12h30, realiza-se um passeio interpretativo pela Mata da Machada, no qual será, em simultâneo, apresentada a app da Reserva Natural Local. As inscrições nesta ação são gratuitas mas sujeitas a marcação prévia, através da Linha Verde 800 912 070 (gratuita).

 

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O Turismo de Natureza foi tema central da última edição da Feira Internacional de Turismo, que se realizou entre os dias 15 e 19 de Março nas instalações da FIL, no Parque das Nações. Ao longo desta semana, vamos dar-lhe a conhecer alguns dos locais e experiências que estiveram em destaque na BTL, de Norte a Sul do país.

No Norte de Portugal, conheça seis propostas de natureza.

Oito sugestões para a região Centro.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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