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Mais de 700 tartarugas protegidas apreendidas em Madagáscar

05.10.2015

As autoridades alfandegárias descobriram 771 tartarugas de espécies protegidas escondidas em duas caixas de madeira no aeroporto internacional de Antananarivo, em Madagáscar.

 

A apreensão das tartarugas, endémicas de Madagáscar, aconteceu a 29 de Setembro quando as autoridades e a polícia faziam o controlo de rotina das bagagens no aeroporto. Foi a maior apreensão do género naquele aeroporto, diz a polícia.

Segundo as autoridades, foram encontradas oito tartarugas-de-madagáscar (Astrochelys yniphora) – considerada a tartaruga mais rara do mundo – e 763 tartarugas-estreladas-de-madagáscar (Astrochelys radiata), escondidas em duas caixas de madeira, entre peças de roupa. Vinte animais acabaram por morrer. Os animais que sobreviveram foram levados para reabilitação antes de serem devolvidos à natureza.

As tartarugas estavam a ser despachadas como carga de porão, com destino a Kuala Lumpur, Malásia, via ilhas Maurícias, informou Jean Victor Ravony Tsaramonina, chefe da polícia de Fronteiras em conferência de imprensa. As investigações ao caso ainda estão a decorrer.

Segundo a organização TRAFFIC, que combate o tráfico de espécies selvagens, os répteis de Madagáscar são muito procurados por coleccionadores, especialmente na Indonésia, Malásia e Tailândia.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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