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Festival de Sagres bate recorde nas espécies de aves observadas

08.10.2015

Foram 150 espécies de aves diferentes, observadas ao longo dos quatro dias do VI Festival de Observação de Aves & Actividades de Natureza – um recorde face às edições anteriores do evento, anunciou a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).

A SPEA destaca algumas das espécies que “causaram mais êxtase entre os participantes”: pardela-de-barrete, pardela-balear, painho-de-wilson, gaivota-de-sabine, o bufo-real e ainda “um elevado número de sombrias”, esta última que tem registado “um forte decréscimo das suas populações”.

Foram ainda observadas ao longo do festival, entre os dias 1 e 4 de Outubro, uma grande variedade de rapinas como a águia-de-bonelli e a águia-calçada.

Mas o evento deste ano, que contou com mais de 1000 participantes provenientes de 20 países, foi “particularmente especial para a observação de cetáceos”, acrescenta a SPEA.

Golfinho-comum, golfinho-roaz, baleia-anã, boto, tubarão-martelo, tubarão-azul, peixe-lua, peixe-voador e tartaruga-de-couro foram algumas espécies “que fizeram a delícia dos participantes” nas viagens de barco realizadas ao longo dos quatro dias.

Nas contas da organização do festival, nas 215 actividades do evento participaram 1009 pessoas, provenientes de Portugal, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos da América, Suécia, Rússia, Alemanha, Holanda, França, Noruega, Suíça, Dinamarca, Polónia, Bélgica, Itália, Austrália, África do Sul, República Checa, Irlanda e Bielorrússia.

Realizou-se ainda uma acção de voluntariado para remover chorão, uma espécie invasora, que resultou num total de 2.900 kg de chorão (90 sacos) recolhidos no âmbito do projecto LIFE Charcos, que serão agora tratados pela Algar.

Este festival, considerado o maior evento de natureza realizado em Portugal, é promovido pela Câmara Municipal de Vila do Bispo, pela SPEA e pela associação Almargem.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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