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Foto: Helena Geraldes

Parques solares em Inglaterra vão ter prados para a vida selvagem

08.03.2016

A rola-brava, as cotovias e o abibe, tal como borboletas, répteis, anfíbios e mamíferos que estão em risco devido ao desaparecimento dos prados naturais, vão passar a ter mais habitats disponíveis em parte do Reino Unido.

 

Em parques solares em Inglaterra e no País de Gales, vão ser plantados prados de flores e de várias plantas silvestres nas margens desocupadas dessas infraestruturas e nos caminhos que separam os painéis de produção de energia.

De acordo com uma notícia do The Guardian, o novo projecto nasce de uma parceria entre a Royal Society for the Protection of Birds (RSPB) e a empresa de tecnologias limpas Anesco.

O objectivo das duas entidades é recuperar habitats para animais que têm perdido território devido às práticas de agricultura intensiva, incluindo aves como a rola-brava e o pardal-montês, mas também várias espécies de borboletas e outros insectos que poderão encontrar alimento nestes novos espaços.

O projecto vai desenvolver-se em parques solares da Anesco, com aconselhamento da RSPB, que está também previsto quando forem construídas novas instalações de produção de energia solar.

“A oportunidade desta parceria tem a ver com mitigação e adaptação. Os painéis [solares] estão a ajudar-nos a reduzir as nossas emissões de carbono, enquanto o habitat dentro dos parques solares pode criar lugares para as espécies prioritárias viverem e terem sucesso”, comentou Darren Moorcroft, responsável da RSPB para a conservação de espécies e habitats, citado pelo jornal britânico.

 

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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