Os animais serão devolvidos a 5 de Setembro numa albufeira em São Marcos da Serra (Silves), depois de terem estado em recuperação no Porto d’Abrigo do Zoomarine.
Os cinco cágados-mediterrânicos (Mauremys leprosa) passaram “diferentes e complexos períodos de reabilitação” naquele centro, segundo um comunicado do Zoomarine enviado hoje à Wilder.
“Depois de um Verão intenso para os seus reabilitadores, estes cágados-mediterrâneos, que partilharam espaço com uma rara tartaruga-de-couro (…), voltam ao seu habitat natural, numa tentativa de inverter a tendência de decréscimo dos seus números que se tem verificado nas últimas décadas.”
A devolução à natureza, em parceria com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), terá lugar numa zona tranquila da albufeira da Herdade da Parra, em São Marcos da Serra.
O Zoomarine salienta a importância de não retirar cágados dos seus habitats naturais e de não colocar cágados exóticos em habitats naturais.
O cágado-mediterrânico é, a par do cágado-de-carapaça-estriada (Emys orbicularis), uma das duas espécies selvagens de cágados de Portugal.
Nesta altura do ano, as fêmeas estão a fazer as posturas. Escavam um fosso que cobrem de terra depois da postura, mesmo em locais bastante afastados da água. Será no final do Verão ou no início do Outono que os pequenotes emergem dos ninhos.
O cágado-de-carapaça-estriada está Em Perigo de Extinção por causa da perda do habitat, da concorrência de espécies exóticas, da poluição e captura para fins comerciais; o cágado-mediterrânico não está ameaçado mas a perda de habitat é um problema que poderá levar a um declínio populacional.
Saiba mais.
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