O leitor Nuno Dias fotografou estas vespas a 3 de Agosto em Albarraque, Sintra, e quis saber qual a espécie. Albano Soares responde.
“Tenho no quintal um pessegueiro que ficou cheio destes bichos, podem ajudar-me a identificar os mesmos?”, perguntou o leitor à Wilder.
Tratam-se de vespas-asiáticas (Vespa velutina).
Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.
Trata-se de uma espécie exótica (não-indígena) e que tem um carácter invasor. Apareceu no Alto-Minho na primeira década deste século (XXI) e desde então tem sido reportada em diferentes locais do país.
Segundo este investigador, num artigo publicado anteriormente na Wilder, “apesar de dolorosa, como a de outras espécies, a sua picada [da vespa-asiática] só se torna potencialmente perigosa se a vítima for alérgica e desencadear um choque anafilático com consequências fatais”. “Como no caso das outras vespas, recomenda-se prudência na aproximação de uma colónia destas espécies”, aconselhou.
Esta espécie é também um um grande predador de outros insectos com impacto negativo nas comunidades de polinizadores nativos, inclusive nas populações da Abelha do mel (Apis mellifera) onde a predação pode levar a grandes prejuízos económicos.
É um insecto social. Na Primavera e Verão, os ninhos de pasta de papel podem conter centenas de indivíduos. As rainhas sobrevivem ao Inverno num ninho primário, pequeno e mais perto do solo.
Ainda assim, é necessário ter cuidado para não a confundir com espécies de vespas nativas de Portugal, importantes para a manutenção da biodiversidade. Descubra aqui como distinguir a vespa-asiática da vespa-europeia.
O leitor pode registar o seu avistamento no site do STOPvespa, do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
No caso de estar na presença de um ninho, é preciso contactar a Protecção Civil da área afectada.
Descubra também o que devemos fazer se encontrarmos uma vespa asiática.
Agora é a sua vez.
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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.