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Caboz. Ilustração: Pedro Salgado

Peixe da semana: caboz

07.06.2024

Todas as sextas-feiras chega à Wilder um novo peixe marinho, criado pelo biólogo e ilustrador naturalista Pedro Salgado, dando forma a um catálogo ilustrado de espécies fascinantes.

Caboz. Ilustração: Pedro Salgado

Nome comum: caboz/babosa

Nome científico: Parablennius gatoruginne

Técnica usada: Tinta da china sobre scratchboard

Data de criação: 1995 – 1996 (Calendário oficial da Expo 98)

Dimensão: 30 x 40 cm aproximadamente

Mais sobre esta espécie: Esta espécie, descrita para a Ciência em 1758 e da família Blenniidae, é um peixe de aspecto peculiar, de vários tons de castanho e com dois apêndices ramificados na cabeça, por cima da zona dos olhos. Normalmente mede entre 15 e 20 centímetros.

Vive em substratos rochosos, entre os 3 e os 30 metros de profundidade, ao longo de toda a costa de Portugal continental e arquipélagos dos Açores e Madeira e reproduz-se na Primavera, mais especificamente entre Março e Maio.

Os machos adultos guardam os ovos, que estão presos ao substrato marinho, até se tornarem larvas com um mês de idade.

Os cabozes, que estão mais activos ao amanhecer e entardecer, alimentam-se de pequenos crustáceos e de anémonas.

Tem estatuto de conservação de Pouco Preocupante.


Saiba mais aqui sobre a série “Peixe da Semana”.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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