Em Agosto há percursos guiados pelas paisagens menos conhecidas da Serra da Estrela

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Organizados pelo Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE), os percursos pedestres guiados querem mostrar-lhe lagoas naturais, paisagens glaciárias, abrigos de pastores e a biodiversidade característica da Serra.

Os percursos de Verão do CISE realizam-se a 2, 16 e 23 de Agosto e são todos rotas circulares que usam a rede municipal de percursos pedestres ou a rede de percursos do Parque Natural da Serra da Estrela.

Foto: José Conde/CISE

“Os percursos de verão procuram dar a conhecer paisagens que são menos conhecidas e que durante as restantes estações do ano poderão oferecer uma dificuldade de visita acrescida”, explica à Wilder Tiago Correia, do CISE.

De entre os locais visitados destacam-se as paisagens glaciárias do setor superior da serra, as lagoas naturais, aspetos culturais menos conhecidos como os abrigos de pastores ou as arcas do pão e como não poderia deixar de ser, a biodiversidade da serra da Estrela. 

O primeiro dos percursos, a Rota da Canina XL, foi realizado a 2 de Agosto. Mas ainda há dois percursos onde se pode inscrever.

Quedas da Caniça. Foto: José Conde/CISE

A 16 de Agosto poderá fazer o percurso pedestre do Piornal. “Tendo como local de partida a Lagoa Comprida, o percurso pedestre do Piornal percorrerá uma vasta área planáltica, oferecendo a possibilidade de visita a locais raramente visitados. Com cerca de 12 km de extensão, o percurso terá um grau de dificuldade difícil”, descreve Tiago Correia. 

Outra opção é o percurso pedestre dos Poços de Loriga, a 23 de Agosto. Este “terá como ponto de partida a Torre, seguindo em direção aos Poços de Loriga e ao setor superior da Garganta de Loriga. Este percurso terá cerca de 8,2 km de extensão e um grau de dificuldade algo difícil”. 

A duração prevista para a realização destes percursos será de cerca 6-7 horas, prevendo-se inúmeras paragens para interpretação e fruição das paisagens. 

Os percursos serão guiados por técnicos do CISE, que procurarão ao longo do percurso fazer a interpretação do património natural e cultural.

Os percursos são abertos ao público em geral, tendo como limite máximo 15 participantes, com idade superior a 12 anos. 

Lapa dos Dinheiros. Foto: José Conde/CISE

Segundo Tiago Correia, esta iniciativa procura “aumentar a oferta de atividades disponíveis para quem visita a serra da Estrela durante o verão, indo ao encontro de uma crescente procura pelas atividades de natureza”.

Além disso, “pretende-se valorizar o património natural e cultural da serra da Estrela, contribuindo desta forma para a sua preservação e divulgação”.

Com muito para oferecer ao longo de todo o ano, a Serra da Estrela no Verão tem para os visitantes “paisagens de elevado valor cénico”, a que poderá aceder através dos vários percursos pedestres, e praias fluviais enquadradas por paisagens de montanha.

Tiago Correia recomenda, antes de uma visita à serra, a visita ao Centro de Interpretação da Serra da Estrela, onde poderá “ficar a conhecer as exposições patentes, relativas ao património natural deste território, e planear a melhor forma de visitar a serra da Estrela”. 

Aqui tem mais informações e o formulário de inscrição nos percursos de Verão 2023 do CISE.


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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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