Equipa WilderA leitora Sílvia Caçador fotografou esta planta a 9 de Abril no Forte da Casa, perto de Lisboa, e quis saber qual é a espécie. Carine Azevedo responde.
“Há uns 3 anos vi uma flor de borragem branca. Este mês voltei a encontrar no Forte da Casa perto de Lisboa”, escreveu a leitora à Wilder.
Trata-se da espécie borragem ou borago (Borago officinalis).
Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.
As fotografias mostram a espécie Borago officinalis L., popularmente conhecida como borragem ou borago. Pertencente à família Boraginaceae, é uma espécie nativa da região do mediterrâneo, embora seja cultivada em várias partes do mundo.
A borragem é uma planta herbácea anual que pode atingir cerca de 60 centímetros de altura. Possui folhas grandes, ásperas e peludas e flores estreladas que podem ser azuis, rosadas ou brancas, tal como ilustrado nas fotografias. As flores ocorrem agrupadas e pendentes em inflorescências e têm cerca de dois a três centímetros de diâmetro. O período de floração da borragem é relativamente longo, ocorrendo geralmente de janeiro a junho.
As flores de borragem atraem as abelhas devido à abundância de pólen e néctar que oferecem, além de serem um ponto de interesse a muitos outros insetos benéficos. Por essa razão, a borragem é uma planta importante para jardins e hortas, contribuindo para a polinização e para o controlo natural de pragas.
Para além da beleza ornamental, a borragem possui várias propriedades terapêuticas, sendo reconhecida pela sua infusão com propriedades calmantes e digestivas. As suas flores e folhas de borragem também são comestíveis, frequentemente utilizadas em saladas, sopas e pratos quentes.
É importante destacar que esta planta pode causar irritação na pele ao ser tocada e o seu consumo pode desencadear reações alérgicas em algumas pessoas, portanto, deve ser manuseada e consumida com cuidado, preferencialmente com orientação especializada.
Agora é a sua vez.
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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.
