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Que espécie é esta: lagarta da borboleta-caveira

10.11.2021

A leitora Lídia Silva fotografou esta borboleta no final de Outubro na cidade da Horta, ilha do Faial, e quer saber que espécie é. Eduardo Marabuto responde.

“Encontrei-a no final de outubro a passear na cidade da Horta (Faial). Que espécie é?”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma lagarta da borboleta-caveira (Acherontia atropos).

Espécie identificada e texto por: Eduardo Marabuto, entomólogo.

É uma belíssima Acherontia atropos.

Esta e outras aparentadas da família Sphingidae que têm aparecido (Agrius convolvuli, Hippotion celerio) porque são migratórias e chegaram a Portugal no Verão, têm agora a descendência a completar a fase larvar, daí o aumento de número das últimas semanas.

O que se seguirá eventualmente é que estas lagartas irão refugiar-se debaixo da terra onde completam a metamorfose. Mas tal não acontece nos locais mais frios do país, em que não suportam temperaturas abaixo de 0ºC. Assim, a sobrevivência é apenas mais ou menos garantida nos Açores, Madeira, Algarve, Alentejo e litoral.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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