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À descoberta do Corredor Ecológico de Valongo

Cláudia Salgueiro e Vítor Guerreiro, correspondentes da Wilder, foram percorrer o Corredor Ecológico de Valongo e contam-nos tudo o que viram ao longo da caminhada – em palavras, aguarelas e fotografias.

 

A Serra de Valongo encontra-se a pouco mais de 6 quilómetros do Porto e caracteriza-se pela sua relação com o Rio Ferreira e pelos vários fojos romanos. Num fim-de-semana apertado e com a meteorologia a prometer chuva, foi este o destino que escolhemos.

 

 

Sendo habitat de várias espécies endémicas na Península Ibérica e abrigo de espécies em perigo de extinção, como por exemplo o morcego-de-ferradura-grande, o espaço é promissor.

Contudo, a poluição do rio, os fogos florestais e as actividades todo-o-terreno nem sempre controladas e conscientes são ameaças constantes e presentes neste ambiente. Assim como a monocultura do eucalipto, que aos poucos vai tirando lugar aos bosques de carvalhos, salgueiros, pinheiros e choupos.

 

 

A caminhada é intermeada por lugares de beleza inegável, o que torna esta noção de fugacidade e efemeridade do espaço e do ecossistema face à perturbação humana uma realidade a lamentar.

Começámos o nosso percurso junto ao Parque Municipal, seguindo depois junto ao Rio Simião até ao Parque Radical onde desagua o Rio Ferreira, e é aqui que o percurso começa a ficar interessante. A relação entre os caminhos, as árvores e o rio torna-se mais proeminente, visível e sentida, estamos mais afastados da cidade e isso nota-se…

 

 

Paramos para tirar fotos, gravar sons e observar o espaço, continuando depois a andar até chegar à Aldeia de Couce, com as suas casas em blocos de quartzite e onde, segundo a lenda, São Martinho deu água a beber ao seu cavalo.

É uma aldeia pastorícia e agrícola, tranquila e curiosa pela sua história que remonta ao período romano. Foi aqui, num pequeno parque de merendas, que aproveitámos para fazer uma breve paragem e petiscar aquele que seria o nosso almoço.

O Percurso Ecológico, marcado por prumos verticais de madeira, vira para trás pouco depois da passagem pela aldeia, sugerindo depois uma volta pelo caminho feito ‘a priori’, pelo que decidimos continuar em frente e descobrir um pouco mais da Serra de Valongo.

 

 

Não tivemos grande oportunidade de ver muitas das espécies que por lá habitam. As borboletas Malhadinhas e um exemplar de Almirante-Vermelho foram as únicas a visitar-nos nesta caminhada.

 

 

Terminámos a nossa viagem pela natureza junto a uma exploração de xisto, já à entrada da freguesia de Campo. Seguindo pelas ruelas, alcançamos finalmente o Aqueduto dos Arcos (1631), outrora destinado a transportar água entre as margens, afim de irrigar os férteis terrenos envolventes.

Regressando então à estação, demos por finalizado mais um percurso.

 

 

[divider type=”thin”]Leia o blogue da Cláudia e do Vítor

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