Doze esculturas de bronze que representam os animais do Zodíaco chinês, pelo artista Ai Weiwei, são a mais recente exposição temporária do Museu Nacional norte-americano de Wildlife Art, em Jackson Hole, no Wyoming, inaugurada este mês.
As esculturas das cabeças dos animais, cada uma com cerca de três metros de altura e 360 quilos de peso, foram inauguradas a 9 de Maio no exterior do museu, casa que alberga mais de 5000 obras de 550 artistas sobre a vida selvagem.
A exposição “Ai Weiwei: Circle of Animals/Zodiac Heads” tem vistas sobre as grandiosas montanhas do Parque Nacional Grand Teton e aí vão ficar até 11 de Outubro deste ano.
Os animais – rato, boi, tigre, coelho, dragão, cobra, cavalo, cabra, macaco, galo, cão e porco – foram instalados de acordo com a ordem do Zodíaco chinês e são interpretações dos originais concebidos no século XVIII, durante a Dinastia Qing (1644-1912), para os Jardins da Perfeita Claridade. Estes jardins foram destruídos durante a Segunda Guerra do Ópio, a guerra do Império Britânico e do segundo Império Francês contra a dinastia Qing, entre 1856 e 1860.
“Esta série é uma importante declaração artística dos nossos tempos, demonstrando como a arte contemporânea pode manter a História viva”, comentou o presidente do Museu Nacional de Wildlife Art americano, James C. McNutt, em comunicado. “A poderosa instalação ‘Zodiac Heads’ será uma presença imponente na magnífica paisagem de Jackson”, acrescentou.
A exposição de Ai Weiwei, um dos artistas contemporâneos mais prolíficos e provocadores da China, chega a este museu depois de ter estado na Cidade do México, Chicago, Londres, Toronto, Nova Iorque, São Paulo, Taipei, Los Angeles e Washington.
O Museu Nacional de Wildlife Art americano abriu as portas em 1987 e tem hoje mais de 5000 obras representando animais selvagens de todo o mundo. A sua colecção – com pinturas e esculturas – conta a história da arte sobre a natureza desde 2500 A.C. até ao presente, passando por artistas como John James Audubon, Andy Warhol, Robert Bateman ou Carl Brenders. A maioria das obras são de autores europeus e norte-americanos mas recentemente o museu tem adquirido obras para incluir artistas de todo o mundo, nomeadamente de África e Nova Zelândia.